12 de junho de 2015 – Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, fixada na sexta-feira a seguir ao Corpo de Deus, encontra-se em estreita relação com esta. O Coração de Jesus pede a Comunhão reparadora.

Nesta festa celebramos o amor de Deus por nós que O leva a encarna, a viver e morrer por nós deixando-nos o inefável Dom da Eucaristia. O Coração é o símbolo do Seu amor. A prova do nosso amor está em recebê-l’O muitas vezes e sempre com um desejo e um fervor cada vez maior.

Vinde a Mim todos

O Verbo fez-se carne para ser o nosso modelo Ele é o modelo das bem–aventuranças e a norma da Lei nova (C.I.C, 459)

Jesus não se impõe com provas inatacáveis. Manifesta a grandeza do seu Amor, faz a sua proposta, pede a nossa adesão – Vinde a Mim todos.

Mas respeita as nossas opções. Sabe esperar e está disposto a aceitar a recusa, a desilusão e a derrota.

Jesus apresenta-se como «humilde de coração», o primeiro entre os povos de Javé; aquele que no banquete escolhe o último lugar; que compreende o pobre e rejeita o fariseu; que nasce entre pastores; vive em Nazaré; uma aldeia desprezada; morre entre ladrões e é incluído entre os maus feitores.

O Bom Pastor de Coração trespassado não se preocupa apenas com quem já se encontra no seu redil, mas procura, com particular solicitude, os que ainda estão fora dele. É a prova da universalidade do seu Amor para com todos.

A universalidade do amor do Coração de Jesus deve impelir-nos á preocupação por todos quantos ainda estão fora do redil. Por outras palavras, a Igreja que actua em nós e da qual somos parte, não é plenamente Igreja, Sacramento de salvação e unidade, nem plenamente mãe, enquanto houver grupos humanos ainda não fecundados e regenerados pelo sangue da Palavra.

Exercícios de Piedade

Os exercícios de piedade do povo cristão, desde que sejam conformes com as leis e as normas da Igreja, são vivamente recomendados (S.C.n.º13). Falando do Coração de Jesus, além doutros, devem-se valorizar três exercícios de piedade: a adoração eucarística (Lausperene e Comunhão reparadora), a Via Sacra e a meditação.

A adoração eucarística é um momento favorável para incentivar a amizade e intimidade com Cristo, para falar com Ele dos nossos problemas e necessidades do mundo. Negligenciando a adoração eucarística, a própria Missa perde significado e com facilidade se despensa ou se cai na rotina.

A Via Sacra celebra a paixão de Cristo fora do contexto sacramental da Missa. Quando celebrada em forma devocional pode parar-se a meditar ora sobre um ponto ora sobre outro, conforme das circunstâncias e as pessoas. Pode tornar-se uma forma especial de catequese que provoca sentimentos de gratidão de amor e de arrependimento.

A meditação é um meio indispensável para assimilar a nossa interioridade com Cristo. Numa sociedade tão dispersa e distraída, fascinada pelas as aparências e pelo barulho, a interiorização dos valores da fé é essencial para superar as várias tentações e crises que se multiplicam. Precisamos de momentos de silêncio para rezar, para meditar. Tudo isto implica auto-disciplina e ascese na utilização da rádio, tv, telemóvel e Internet.

Precisamos do Coração de Jesus

A Solenidade do Coração de Jesus é uma festa que irradia uma peculiar tonalidade espiritual em todo o mês de Junho. É importante que nos fiéis permaneça viva a sensibilidade da mensagem que promana dela: no Coração de Cristo o amor de Deus fez-se encontro com toda a humanidade.

O homem de hoje tem necessidade de Cristo para conhecer Deus e para se conhecer a si mesmo; tem necessidade dele para construir a civilização do amor. Estas palavras as dirigia o Papa João Paulo II, de saudosa memória, aos fieis na praça de S. Pedro.

De facto, para conhecer Deus é preciso conhecer Jesus e viver em sintonia com o seu coração amando a Deus e ao próximo.

Olhemos com confiança para o Sagrado Coração de Jesus, repetindo frequentemente esta jaculatória: Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós.

Aprendamos na escola do Coração de Jesus. E visto que Ele nos fala de caridade, trabalhemos para que no mundo haja menos rancor, menos ódio, menos perseguições, menos pecados. Que entre os homens haja mais compreensão, mais respeito, mais afeto, mais dedicação, mais justiça, mais ordem, mais tranquilidade, mais paz, mais união, mais alegria.

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