O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

Deus é amor. Não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. O batismo faz do homem filho de Deus e um filho vive com o seu Pai uma relação de amor, de convívio, de obediência; vive com os irmãos a partilha do mesmo Pai. Não vira as costas nem ao Pai nem aos irmãos. Virar as costas é cortar a relação, e é a esse corte que a Bíblia chama pecado. Quando ele ocorre, é necessário voltar a virar-nos para Deus e para os irmãos, é necessário converter-se.

Cristo vem chamar os pecadores à conversão e convida os apóstolos a anunciar a sua necessidade para o perdão dos pecados.

O perdão é o encontro de Cristo com o homem. Nesse encontro, Cristo é mediador da reconciliação do pecador com Deus, mas mediador com autoridade. O seu olhar provoca o arrependimento e antecipa o perdão. ELE assume sobre si a falta dos homens, e pede ao Pai que não olhe os pecados deles, mas antes a entrega de si por eles, de modo a inocentá-los. Cristo assume o pecado e a responsabilidade dos homens (o reconhecimento das suas faltas) e abre-lhes a porta da redenção. Suspenso entre o céu e a terra, as suas mãos estendidas e presas à cruz não podem dar a bênção do perdão, mas podem atrair para o novo caminho: o laço entre o céu e a terra. Ele é o Salvador a realizar o seu ministério salvífico.

A entrega do Filho por nós encerra uma promessa de perdão e de amor renovado, que está presente em cada ato sacramental de penitência. De facto, sem pedir a opinião dos apóstolos, aparece-lhes para lhes dizer: “Recebei o Espírito Santo e perdoai os pecados” (Jo 200,22).

O Senhor não hesita em dar aos que o seguirem o poder de penetrar no destino dos pecadores. Não lhes dá poder como uma possibilidade pessoal, mas como uma competência conferida pelo Espírito Santo. Entrega-lhes algo da sua própria relação com o Pai. A ordem eclesial instituída pelo Filho é uma força de união a Deus e aos outros que gera a unidade da Igreja: a comunhão dos santos.

 

 

Autor:

Maria Manuela de Carvalho

 

Fonte:

Revista Rosário de Maria – Ano 71| nº 745| março de 2015

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