Diocese do Algarve espera levar 1000 jovens à Jornada Mundial da Juventude de 2023 em Lisboa

A Diocese do Algarve espera levar 1000 jovens à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 em Lisboa.

A previsão da participação naquele encontro com o Papa, que decorrerá de 1 a 6 de agosto do próximo ano, foi ontem à noite adiantada pelo Comité Organizador Diocesano (COD) numa reunião online com os responsáveis dos grupos paroquiais de jovens para esclarecimento de questões relacionadas com as inscrições.

O coordenador do COD para a JMJ considerou ainda assim o número diminuto face à realidade juvenil do Algarve. “Podemos estar a falar de cerca de 1% da juventude do Algarve que irá à Jornada Mundial. É pouco”, considerou João Costa, que é também o delegado diocesano ao Comité Organizador Local daquele evento, lembrando que a região contará em 2023 com 86.000 jovens com idade para participar na JMJ, cujos destinatários deverão ter entre os 14 e os 30 anos.

Na reunião com mais de 60 animadores de jovens, aquele responsável reforçou a importância – já adiantada nos primeiros encontros de esclarecimento da JMJ – de se fazer “uma inscrição global e conjunta como diocese”. “Isto traz muitas vantagens. Desde logo uma vantagem do ponto de vista pastoral. Sabemos que quando convivemos com outras pessoas durante uma semana quase que estabelecemos laços muito próximos, familiares e de amizade que depois permanecem. E queremos que esse permanecer continue no pós-Jornada. Queremos tirar frutos desta partilha”, sustentou João Costa.

O coordenador do COD explicou que outra das vantagens será a possibilidade de o grupo do Algarve ficar “na mesma paróquia ou em paróquias muito próximas” de uma das três dioceses de acolhimento – Lisboa, Santarém ou Setúbal – e que essa concentração facilitará o transporte para o centro de Lisboa. João Costa esclareceu que esta intenção implicará que a inscrição da diocese algarvia na JMJ seja feita como macrogrupo, constituído pelos subgrupos paroquiais, que por sua vez poderá subdividir-se em mais subgrupos, com a vantagem de cada um poder escolher o seu ‘pacote’ de participação e modalidade de pagamento. A criação de cada subgrupo deverá ser pedida ao COD por e-mail (algarve@lisboa2023.org). Cada subgrupo só poderá ser constituído no mínimo por um elemento e no máximo por 150. Dentro de cada subgrupo, todos os elementos terão de escolher o mesmo ‘pacote’ de participação. Se houver elementos que queiram um ‘pacote’ diferente terá de ser criado um outro subgrupo.

João Costa, que demonstrou a criação destes subgrupos na plataforma de inscrições, acrescentou ainda que os menores de 18 anos precisarão de ser portadores de um formulário de autorização parental com assinatura reconhecida dos tutores e acompanhados por um elemento maior de idade. Cada um destes adultos só pode ter a seu cargo no máximo 10 menores.

O coordenador do COD alertou que, depois de feito o pagamento – que só poderá ser formalizado através de transferência bancária ou de cartão de crédito – e em caso de desistência, o dinheiro não será devolvido, pelo que aconselhou a só se finalizar a inscrição quando houver a “certeza de que tudo está correto”. João Costa alertou ainda que este ano há diferenças ao nível dos pagamentos. “Uma delas é que podemos começar a pagar sem ter ainda finalizado a inscrição”, explicou, acrescentando que “outra coisa nova é que o grupo pode ir escolher se quero pagar tudo de uma só vez ou em duas prestações”. No caso de pretender pagar em duas prestações pode escolher a percentagem da primeira”, completou, lembrando o “desconto de 10% para pagamentos efetuados até 31 de dezembro de 2022, independentemente de ser parcial ou completo” e de 5% para pagamentos efetuados entre 1 de janeiro e 15 de março”.

Aquele responsável advertiu ainda para a obrigatoriedade da contribuição para o habitual fundo de solidariedade, destinado aos “jovens de países mais pobres ou de mais longe que tenham mais dificuldade em participar”.

Relativamente aos já divulgados ‘pacotes’ de participação, o coordenador do COD lembrou que o mais completo deles inclui o alojamento em espaços paroquiais, pavilhões municipais ou famílias de acolhimento, a alimentação, um passe intermodal para transportes públicos em toda a área metropolitana de Lisboa, um seguro e o ‘kit’ do peregrino que costuma incluir mochila, pulseira, chapéu, entre outros produtos oficiais do evento. Sobre a alimentação acrescentou que ela poderá ser em regime de grab and go, ou seja, como indica a própria designação, pronta a consumir no caminho. “Tendo em conta o objetivo de ser a JMJ mais sustentável de sempre, não haverá as senhas para alimentação nem os bilhetes para os eventos centrais que sempre nos habituámos a ter. Será tudo através de QR codes, passiveis de utilização mesmo sem internet”, acrescentou.

João Costa informou ainda que cada grupo participante “é livre de fazer a viagem [do Algarve para Lisboa no dia 31 de julho] como quiser, sendo que o SDPJ e o COD vão sempre arranjar transporte”. As opções mais prováveis são de comboio ou de autocarro, sendo que o comboio poderá ter um inconveniente. “A nossa paróquia de acolhimento – que só vamos saber qual é por volta de maio ou junho – pode não estar localizada próximo de uma estação de comboio”, explicou, acrescentando que “não há nenhuma empresa de autocarros que esteja a aceitar fazer orçamentos para julho e agosto de 2023, tendo em conta que os preços de combustível são alterados a cada semana de forma drástica”.

O coordenador do COD adiantou ainda que as catequeses feitas durante as manhãs nas paróquias de acolhimento, normalmente feitas por cardeais ou bispos, terão também nesta edição os jovens como protagonistas; que o ‘Centro de Reconciliação’, destinado àqueles que se queiram confessar ficará localizado nos jardins de Belém juntamente com a ‘Feira das Vocações’ e será designado de ‘Cidade da Alegria’; que a Eucaristia de abertura, o acolhimento do Papa e a via-sacra realizar-se-ão “num local central de Lisboa” e que a vigília e a Eucaristia final com o Papa serão no Parque Tejo.

João Costa anunciou que o COD realizará mais reuniões de preparação em abril, junho e julho do próximo ano.

 

 

Fonte: https://folhadodomingo.pt/

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