Conversão

Introdução

Um dos temas fortes da Quaresma é a conversão. No dicionário significa mudança, transformação.

Podemos usar a palavra conversão no nosso quotidiano.

Mas aqui o que está em questão é a conversão cristã, isto é, a mudança ou transformação interior.

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Jesus inicia a sua vida pública com um apelo à conversão: «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Este apelo já feito no Antigo Testamento pelos profetas.

E o que é a conversão cristã? É, uma conversão ao futuro, isto é, deixar para trás uma vida passada e decidir-se por um viver mais conforme ao seguimento de Jesus Cristo. Trata-se de mudar, não para se ser o que se tem sido, mas se ser o que se deseja profundamente ser: abandonar as obras das trevas e viver à luz de Cristo.

Esta conversão é, em primeiro lugar, pessoal. Acontece no íntimo de cada pessoa, no interior humano. Cada pessoa é chamada permanentemente a esta conversão, consciente que é livre de optar pelo bem ou pelo mal. Mas só é verdadeiramente livre quando escolhe o bem.

Existe, um segundo lugar, uma conversão comunitária. O Concílio Vaticano II fala de uma Igreja necessitada de conversão. Tomar a sério a conversão é tomar a sério a dimensão comunitária da conversão pessoal e a conversão da comunidade eclesial e humana que todos nós formamos. Necessitamos de uma Igreja mais santa e de uma comunidade humana onde haja justiça e solidariedade, verdade e paz.

Convém recordar que a conversão pessoal, sem a qual não há conversão comunitária, é algo de difícil. As estruturas do interior humano são muito mais difíceis de mudar que um regime monárquico, capitalista ou comunista.

Já o profeta Jeremias escreveu: «Pode um etíope mudar a própria pele, ou um leopardo as malhas de que se reveste? E vós, como podereis praticar o bem, se estais impregnados de maldade?». Cada qual pode facilmente constatar esta dificuldade de verdadeira conversão cristã.

Apesar disso, é preciso converter-se. E nesta Quaresma ouvimos mais uma vez o apelo que nos vem da palavra de Deus, a que nos convertamos se queremos viver verdadeiramente felizes agora e para sempre.

Trata-se de um esforço humano de cada um de nós, mas não basta.

É preciso a ação do Espírito Santo. Que seja ele a renovar os nossos corações.

Necessitamos urgentemente de abandonar todos os egoísmos e amar mais a Deus e ao próximo. A referência para esta conversão é Cristo, o homem novo.

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