24 de janeiro de 2021- 3º Domingo do Tempo Comum – Ano B

“Convertei-vos e acreditai na Boa Nova” – eis a palavra que hoje ouvimos, o convite que nos é feito.

Um convite pede uma resposta: ou se aceita, ou se recusa. Mas só será razoável tomar uma destas atitudes, depois de termos compreendido para que somos convidados.

E, refletindo um pouco sobre a razão de ser do pedido que o Senhor nos faz, é bem possível que a cada um de nós tenha já surgido a dúvida: – Que necessidade tenho de me converter? Eu, que acredito num Deus que me criou e me ama, eu que participo na celebração do Domingo e cumpro os mandamentos – ainda precisarei de me converter?

Foi precisamente esta, a grande dificuldade sentida pelo povo de Israel, há dois mil anos: ele, que, ao contrário dos povos seus vizinhos, adorava o Deus único, que o Senhor escolhera para com ele fazer aliança, não foi capaz de reconhecer o seu pecado, e de sentir a necessidade da conversão de que Jesus falava. Por isso, muitos israelitas O rejeitaram, ou O deixaram passar ao largo das suas vidas, rejeitando ao mesmo tempo a salvação que lhes era oferecida.

Não deixemos que o mesmo suceda connosco. O Senhor vem, hoje de novo, convidar cada um a entrar no Seu Reino. A condição a porta de entrada, é uma conversão sincera.

Conversão que significa primeiro, tomar consciência do pecado que, com mais ou menos abundância, existe no coração de cada um; tentar descobri-lo, corajosamente, afastando os disfarces, as desculpas habituais; aceitar-se cada um de nós como é, pecador necessitado do perdão de Deus.

Mas também conversão que leva – depois de dado este primeiro passo – a uma transformação interior que há-de tornar-se possível, no dia a dia, na mudança das nossas atitudes, na nossa relação com Deus e com os outros, enfim, numa profunda mudança de vida.

A conversão que o Senhor nos pede é uma conversão para a fé em Jesus Cristo. “Acreditai na Boa Nova”, ouvimos logo no início do Evangelho de hoje. Por isso a conversão é também a escolha de Jesus e do Seu Reino; uma escolha que não é possível, se não nos dispusermos a segui-l’O nos seus caminhos, a viver, pensar e amar, como Ele viveu, pensou e amou.

Segui-l’O, como O seguiram os discípulos que Ele chamou, no meio das duas ocupações, do seu trabalho, na Galileia. Esses, deixaram as redes, a família e os amigos, para acompanharem Jesus. Não, para se instalarem comodamente a ouvi-l’O, mas para percorrerem com Ele os caminhos difíceis da Palestina.

E nós? Estaremos dispostos a “largar as nossas redes”, quer dizer, a romper com o que há de errado na nossa vida, a abandonar tudo o que nos impede de acolher em nós a Boa Nova de Jesus, entregando-nos totalmente a Ele, e por Ele, aos outros nossos irmãos?

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