21 de outubro de 2018 – 29º Domingo do Tempo Comum – Ano B

O Senhor convida-nos hoje a reunirmo-nos para O louvar e ouvir os Seus ensinamentos. Fala-se muito de estar ao serviço do reino de Deus, mas, no fundo, poucos compreendem bem o que isso significa.
Apesar de conviverem com Jesus já há algum tempo, os apóstolos não tinham ainda compreendido qual era a Sua missão. Esperavam, como todos os judeus, um rei que viesse libertá-los do estrageiro opressor e restaurar o reino de David.
Não admira, pois, que Tiago e João, dois humildes pescadores, pretendessem um bom lugar nesse reino, pois sempre tinham sido amigos de Jesus. Então o Mestre quis saber se eles queriam receber o Seu batismo e beber do Seu cálice. Os apóstolos não podiam compreender, mas Jesus anunciava então a sua paixão e morte para salvação dos homens.
Na 1ª Leitura, Isaías já nos tinha convidado a meditar sobre o mistério do sofrimento e morte em resgate dos irmãos. O servo de Javé, imagem de Cristo, pelas suas dores e sofrimentos, tomaria sobre si as faltas dos outros homens que seriam então justificados.
Na epístola vimos como Jesus é apresentado como o Sumo Sacerdote da nova aliança, aquele que santificou os homens pelo seu sangue.
Tiago e João aceitaram beber o cálice e serem batizados como Jesus. Perante a promessa de Jesus, os outros apóstolos ficaram indignados porque também eles queriam um lugar privilegiado no Reino de Deus.
Jesus aproveitou mais uma vez para os ensinar. Explicando a sua missão, diz-lhes que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir até à entrega da sua própria vida.
Em todas as sociedades há homens que querem subir na vida e ocupar lugares cada vez mais importantes. A autoridade traz-lhes poder e domínio sobre os outros. Mas, para ser grande no reino de Deus, o caminho é outro: em vez de ganhar importância e dominar os outros é necessário estar ao serviço de todos.
Jesus, que é o maior no reino de Deus, serviu os homens até derramar o Seu sangue para os salvar.
Entendamos bem: a mensagem do Evangelho deste Domingo, não é um convite à demissão das responsabilidades ou a não se valorizarem os talentos que Deus deu a cada um de nós. Todos os homens têm poder e autoridade sobre outros em função dos cargos que ocupam. Mas esse poder não deve ser utilizado para oprimir os irmãos, mas sempre posto ao serviço da comunidade.
Depois de meditarmos nas palavras de Jesus reconheçamos sinceramente que as nossas ambições são egoístas.
Peçamos ao Senhor que nos liberte e nos dê o desejo de utilizar os meios de que dispomos para o serviço dos nossos irmãos.
O Senhor deu-nos o exemplo do serviço cumprido por amor. Para seguir o caminho apontado por Jesus vamos aproveitar todas as ocasiões que se deparam na nossa vida quotidiana, parar servir os irmãos. E assim sermos verdadeiros missionários.

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