16 de novembro de 2014 -33º Domingo do Tempo Comum – Ano A

O Ano litúrgico caminha para o seu termo. A Igreja aproveita esta circunstância para nos convidar a refletir sobre as verdades eternas, os novíssimos do homem.

O homem de hoje é pouco sensível às coisas últimas, acentua o Papa. É fruto do secularismo duma sociedade voltada para a fruição dos bens terrenos e dos «infernos temporais».

 

MULHERES FORTES E HERÓICAS

Quem pode encontrar uma mulher de valor? Vale mais que as pérolas. Maravilhoso tesouro e feliz de quem o encontra. Ideal sublime que toda a mulher há-de afanar-se por conseguir: ser uma bênção de Deus onde quer que se encontre; pôr ao serviço dos outros todas as riquezas da sua condição feminina. Converter cada casa num lar aprazível e acolhedor, «um lar luminoso e alegre», como gostava de repetir Mons. Escrivá. O acesso da mulher ao mundo exterior ao lar tem os seus encantos: maiores possibilidades de realização pessoal e profissional e de autonomia económica.

Mas também é verdade que rouba tempo à vida familiar, em especial à educação dos filhos e ao acompanhamento dos membros mais frágeis do agregado familiar. Nesta sociedade importa conciliar os direitos e deveres da família e de cada um dos seus membros no sentido de que cada qual possa construir os seus espaços e tempos de liberdade e de desenvolvimento pessoal.

VAMOS AO ENCONTRO DO SENHOR

A nossa vida deve ser uma sucessão de respostas a Deus que chama. Ao longo da existência o Senhor guia as pessoas e leva-as a encontrarem-se com Ele. A vocação suprema do homem é a vocação à vida eterna em Deus, lembra o Papa.

Vamos todos ao encontro do Senhor: a criança recém nascida que os pais trazem ao batismo; os adolescentes que sobem para a vida acompanhados pelas solicitudes dos pais; os jovens à procura de realizarem a sua vocação seja no casamento ou na vida consagrada; os casais que vivem o casamento como uma comunidade de vida e de amor; o sacerdote que se entrega ao seu ministério; os enfermos, os idosos, os moribundos já na fase terminal da vida terrena.

Todos vamos a caminho. Assim respondia aquele jovem a um «engraçado» que o queria ridicularizar quando ele tomava parte numa procissão. Olhe, meu amigo, eu e estes jovens vamos ao encontro de Deus, d’Aquele com quem o senhor, quer queira quer não, também se há-de encontrar.

Todos. Também os que zombam e escarnecem de Deus e do sagrado na TV, no cinema, na impressa e na internet.

A nossa vida é limitada e não volta para trás. A realidade inexorável da morte marca a nossa existência terrena com o selo do provisório e do que está de passagem. A nossa pátria está nos céus, na glória do mundo futuro. Todos e cada um de nós seremos julgados por Cristo conforme as nossas obras. Então não valerão desculpas nem mentiras.

A PARÁBOLA DA VIDA COMUM

Somos convidados a viver com seriedade a vida, a assumir diante do futuro decisões responsáveis e a remir com boas obras o tempo que ainda nos resta.

O que importa é promover as pessoas e não evitar os problemas a qualquer preço. Estes resolvem-se usando os meios adaptados na medida em que forem exigidos pela responsabilidade.

A parábola dos talentos põe em destaque a necessidade de sabermos gastar a vida proveitosamente. É a parábola da vida comum. Para tanto precisamos de valorizar os dons que o Senhor nos dá, pôr a frutificar os talentos, fazer bem todas as coisas. E não estejamos à espera de circunstâncias para fazer algo de extraordinário. A grande maravilha, verdadeiramente extraordinária, é a nossa vida ordinária. É a vida de cada dia que havemos de crescer na santidade. É aqui que se ganha ou perde o céu. Sabei aproveitar de todas as oportunidades.

O servo que recebeu um talento, esse não aproveitou a lição. É certo que não malbaratou a fortuna do seu senhor, não fez nada de mal. É condenado, e de forma tão dura, servo mau e preguiçoso- pela sua preguiça pela vida infecunda, pelo pecado de omissão.

Há abstenções que são crimes. Curioso. O Evangelho assinala um laço estreito entre o pecado de omissão e o inferno. Acontece que os pecados de omissão, geralmente, não provocam choques psicológicos, passam despercebidos ou são desculpados. Por isso não se confessam. Contudo falhamos mais pelas omissões do que pelas ações: cometem-se pecados de omissão por incúria, por vergonha e por snobismo. Eles multiplicam-se no tocante aos deveres religiosos, na vida dos casais, no mundo laboral, na escola com os estudantes, nos mais necessitados.

Pecados de omissão. Aquilo em que pensamos menos é precisamente nisso que Jesus Cristo pensa mais. Precisamos de encher a nossa vida com boas obras.

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