VOCAÇÃO À SANTIDADE E SENTIDO DE PECADO

A conversão cristã é resposta ao apelo de Deus, à Aliança que Ele deseja estabelecer connosco. Para nos voltarmos para Deus e aderirmos ao Seu projeto é necessário conhecer Deus e a vocação que Ele nos propõe. A conversão cristã arranca da escuta da Palavra de Deus.

Aqui se situam as dificuldades de muitos fiéis. Não têm consciência de pecado porque não têm formação suficiente para entender a dignidade e a responsabilidade da formação cristã. O pecado é uma infidelidade à Aliança a que Deus nos chamou. A sua gravidade ecoa na consciência de quem sente o apelo de Deus à santidade. Deste modo para entender a necessidade e a importância da conversão devemos partir da vocação cristã ligada ao Batismo. Em confronto com o projeto que vem do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, descobrimos mais facilmente as nossas infidelidades e a necessidade de perdão e de conversão. Perante a bondade e a misericórdia de Deus tomamos consciência das nossas falhas.

Pelos sacramentos da iniciação cristã somos introduzidos na comunhão com Deus e na comunhão dos Santos. Este dom gratuito de Deus é um chamamento que espera pela nossa correspondência na vida cristã adulta e empenhada, alicerçada na palavra de Deus, conduzida pela ação do Espírito Santo, orientada para o amor de Deus e do próximo e para o testemunho da fé na Igreja e no mundo. É neste esforço por corresponder à santidade do Batismo que tomamos consciência das nossas resistências e fragilidades e descobrimos a necessidade de lutar contra as forças do mal enraizadas no coração de todos: “A vocação à santidade mergulha as suas raízes no Batismo e volta a ser proposta pelos vários sacramentos, sobretudo pelo da Eucaristia: revestidos de Jesus Cristo e impregnados do Seu Espírito os cristãos são “santos” e, por isso, são habilitados e empenhados em manifestar a santidade do seu ser na santidade de todo o seu operar. O apóstolo Paulo não se cansa de advertir todos os cristãos para que vivam “como convém a santos” (Ef 5,3) (ChL.16).

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