Viver cada dia da Semana Santa com uma pequena reflexão

Com o Domingo de Ramos iniciamos a Semana Maior (Semana Santa) é o tempo compreendido entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa. que nos recorda a Paixão, Morte, e a Ressurreição de Jesus Cristo.

Domingo de Ramos – O Mestre faz a Sua entrada triunfal na Cidade Santa montado num burrico e tem como única arma irresistível o sorriso em que há uma mistura de sombra de amargura e a oferta de um Amor incondicional. Em vez de soldados, uma multidão de jovens aclama-O. Não trazem armas de guerra, mas palmas de vitória e ramos de oliveira, símbolo da paz. Não há escravos, mas amigos que estendem reverentemente as suas capas no caminho onde Jesus vai passar. Assim se cumpre, deste modo desconcertante, a profecia sobre a entrada do Messias na cidade de David. É o anúncio solene da presença do único Salvador do mundo.

Quinta-Feira Santa -“Entrando no Tríduo Pascal, a comunidade cristã revive na Missa in Cena Domini o que aconteceu na última Ceia. No Cenáculo o Redentor quis antecipar, no Sacramento do pão e do vinho transformados no seu Corpo e no seu Sangue, o sacrifício da sua vida: ele antecipa esta sua morte, entrega livremente a sua vida, oferece o dom definitivo de si à humanidade. Com o lava-pés, repete-se o gesto com que Ele, tendo amado os seus, os amou até ao extremo (cf. Jo 13, 1) e deixou aos discípulos como seu distintivo este ato de humildade, o amor até à morte. Depois da Missa in Cena Domini, a liturgia convida os fiéis a estar em adoração do Santíssimo Sacramento, revivendo a agonia de Jesus no Getsémani. Assim podemos compreender melhor o mistério da Quinta-Feira Santa, que inclui o tríplice dom do Sacerdócio ministerial, da Eucaristia e do mandamento novo do amor (ágape)!” (Bento XVI).

Sexta-Feira Santa – Os cristãos celebram a Morte de Jesus neste dia de Sexta feira Santa não com a Santa Missa mas com a meditação pausada da Paixão do Senhor e com a adoração da Sua cruz. Jesus crucificado é a fonte da graça e da misericórdia. Vamos ao trono da graça, como nos convida a 2ª leitura. Matemos a nossa sede nas fontes vivas da graça e do amor. Animemos os nossos amigos a encontrarem este tesouro maravilhoso mais valioso que o euromilhões e que todos podemos alcançar.

Sábado Santo – Acabámos de reviver durante esta semana todo o drama da Paixão de Jesus e, como os Apóstolos, sentimo-nos confundidos com a Sua morte. A Vigília Pascal é alegria cristã É esta a alegria da Vigília Pascal. A ressurreição não cessou, a ressurreição penetrou-nos e prendeu-nos. A ela, isto é, ao Senhor ressuscitado nos agarramos, sabendo que Ele nos segura com firmeza, mesmo quando estamos desalentados. Viveremos através da comunhão existencial com Ele, por meio de uma relação com Aquele que é a Verdade e o Amor. A vida vem-nos de viver com Ele e de amar com Ele. Por isso, cheios de alegria pudemos cantar no Precónio com toda a Igreja: «Exulte de alegria a multidão dos anjos (…) Rejubile também a terra», porque Jesus Cristo, Filho de Deus, ressuscitou de entre os mortos e iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz e vive glorioso pelo tempo que não acaba.

 Domingo de Páscoa Cristo Ressuscitou! Aleluia! Na manhã da Páscoa, uma mulher – a mulher na sociedade hebraica pertencia à categoria das pessoas discriminadas, assim como os escravos, os pastores e as crianças, que não eram consideradas testemunhas idóneas – foi escolhida por Deus para proclamar ao mundo o primeiro anúncio de que a morte fora vencida. Diante do que viu, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava. Contou-lhes alarmada que o Senhor desaparecera do sepulcro. Alertados por Maria Madalena, eles correm ao sepulcro e diante dos sinais da morte (o túmulo, as ligaduras no chão, o sudário enrolado à parte…) descobrem a vitória da vida. Pedro apenas interpreta os sinais da morte. O outro discípulo viu e acreditou. Calam-se. Estão frente ao mistério e deixam-se penetrar por ele. Só agora descobrem que o triunfo pode vir através da morte e do sofrimento. A atitude dos dois discípulos diante do sepulcro vazio repete-se ainda hoje. Há quem pense que a doação da própria vida é somente morte, renúncia, destruição de si mesmo. Outros, pelo contrário, compreendem que uma vida consagrada aos irmãos, como fez Jesus, não termina com a morte, mas abre-se para a plenitude da vida em Deus. Mais tarde, são os discípulos de Jesus que testemunham a sua ressurreição, porque estiveram com Ele, comeram e beberam com Ele, ouviram os seus ensinamentos. E nós, como podemos ser testemunhas se não vimos nem ouvimos nada? Poderemos ser testemunhas do Ressuscitado se fizermos a experiência da ressurreição através das nossas obras.

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