Vaticano: Igreja tem de estar aberta a todos, diz o Papa

Francisco sublinha importância da «gratuidade» e «universalidade» na ação das comunidades católicas

Cidade do Vaticano, 12 out 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a Igreja Católica tem de estar aberta a todos, com particular atenção pelos “excluídos”, numa atitude de “gratuidade” e “universalidade”.

“A bondade de Deus não tem limites e não discrimina ninguém: por isso, este banquete dos dons do Senhor é universal, para todos”, declarou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus.

A intervenção sublinhou que todas as pessoas têm a “possibilidade” de responder ao convite de Deus e que “ninguém tem o direito de se sentir privilegiado ou de reivindicar exclusividade”.

O Papa advertiu, por outro lado, que muitas vezes esta proposta é recusada porque se colocam em primeiro lugar “as preocupações materiais” e outros interesses, esquecendo “a amizade, a alegria, a salvação” de Deus.

Partindo da passagem do Evangelho que é hoje lida nas igrejas de todo o mundo, Francisco observou que o convite de Jesus ultrapassa “os limites do que seria razoável” e vai ao encontro dos “pobres, abandonados e deserdados, bons e maus, sem distinção”.

“A sala enche-se de excluídos. O Evangelho, recusado por alguns, encontra um acolhimento inesperado em tantos outros corações”, acrescentou.

O Papa desafiou os católicos a deixar de se colocarem “comodamente no centro” para se abrirem às “periferias”, reconhecendo que “também quem está nas margens é objeto da generosidade de Deus”.

“Todos somos chamados a não reduzir o Reino de Deus aos confins da ‘igrejinha’, mas a expandir à Igreja para as dimensões do Reino de Deus”, precisou.

A condição para entrar neste “banquete” do Reino de Deus, prosseguiu Francisco, é usar a ‘veste nupcial’, “o amor por Deus e pelo próximo”, em especial “os mais frágeis”, como é o caso das pessoas perseguidas.

“Confiamos à intercessão de Maria Santíssima os dramas e esperanças de tantos irmãos e irmãs nossas que são perseguidos por causa da sua fé e invocamos também a sua proteção sobre os trabalhos do Sínodo dos Bispos, reunido por estes dias no Vaticano”, declarou.

Após o ângelus, Francisco recordou a beatificação, na localidade italiana de Sassari, do padre Francesco Zirano, franciscano morto em Argel, aos 39 anos de idade, a 25 de janeiro de 1603.

“Ele preferiu ser morto do que renegar a fé”, disse o Papa, para quem este testemunho é de “grande eloquência, especialmente no atual contexto de implacáveis perseguições contra cristãos”.

A saudação aos peregrinos evocou ainda a tragédia provocada pelas cheias na cidade de Génova, Itália, com pedidos de oração pela vítima mortal e todos os que foram afetados por esta “dura provação”.

OC

Check Also

14 abril de 2024 – 3º Domingo da Páscoa -Ano B

“Testemunhando a fé no nome de Jesus ressuscitado”. Hoje, no terceiro Domingo da Páscoa, encontramos …

Sahifa Theme License is not validated, Go to the theme options page to validate the license, You need a single license for each domain name.