QUATRO MÁS ATITUDES

Uma das ideias que podemos alimentar mais contrárias à verdade é a de que somos autossuficientes. Uma postura de independência em relação aos outros a todos os níveis, não os julgando necessários para construir a nossa vida ou felicidade. Trata-se de um erro que acaba por ter consequências desastrosas, pois quem dispensa os outros está, na verdade, a querer viver fora do único mundo que existe.
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Eu preciso de ti. A minha felicidade depende da tua, pelo que tenho a obrigação de contribuir para o maior bem dos outros. Se escolher o egoísmo, não serei eu e estarei a desistir da felicidade.
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Quem não experimentou já a tristeza profunda de ter uma alegria e não ter com quem a partilhar?
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Outro dos erros que devemos evitar é o de catalogar os outros, etiquetá-los como se conhecêssemos bem a sua história, as circunstâncias em que vivem e o que se passa no seu coração. Cada pessoa é um universo. Se nem nós mesmos conseguimos compreender a nossa existência, por que razão nos julgamos capazes de julgar, dividir e classificar os que se cruzam connosco?
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O que mais me enriquece? O que se identifica comigo num ponto concreto ou aquele que tem o que me falta? Não será o amor a atitude mais inteligente, na medida em que nos permite aprender e crescer com todos os que partilham momentos comigo?
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Todos somos chamados a não julgar os outros, com a mesma força e verdade com que consideramos absurdo qualquer juízo a respeito das nossas identidade e autenticidade.
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A hipocrisia é o terceiro destes erros. Ser dois a fingir que se é um. Exigir aos outros o que depois não se faz; desprezar outros que são, afinal, iguais a si! Demonstrar bondade falsa. Fingir tudo, ao ponto da sua autenticidade se perder no meio de tantas caras que se tem.
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Uma armadura de mentira que nos afasta dos outros, da verdade e da paz.
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Não é bom fingir ser o que ainda não somos. Melhor é lutarmos por sê-lo.
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O hipócrita é um mal que quer parecer bem.
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Por último, a altivez, a arrogância e o orgulho daqueles que querem ficar sempre em primeiro lugar. Julgam-se acima dos demais e sentem-se no direito de instrumentalizar os outros a fim de chegarem onde julgam ser o seu lugar. Esta mania da superioridade rebenta com muitas relações, pois, em vez de ajudar, de contribuir, de se dar, o orgulhoso exige e espera que os outros venham servi-lo.
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Ao orgulho escapa a verdade simples de que a felicidade está em dar-se aos outros, não em servir-se deles. Prefiro dar e ter sempre muito para dar, do que ser tão carente que nada me satisfaça por completo por mais que me seja dado.
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A falta de humildade é sinal de degradação interior.
 
 
 
 
Fonte: https://www.facebook.com/jlnmartins
 

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