O Tempo Pascal

A nossa pastoral tem a boa tradição de investir bastante na Quaresma mas, talvez, descuidar um pouco a Páscoa (os 50 dias de festa). Tal procedimento é causa de uma certa desfiguração da Páscoa e da vida cristã. O que se poderá fazer? Com a finalidade de celebrar melhor e de viver frutuosamente os dias santos da Páscoa, apresentamos, em síntese, algumas orientações da Carta Circular da Congregação para o Culto divino, de 16 de Janeiro de 1988 sobre a “Preparação e celebração das festas pascais”. 1. A celebração da Páscoa continua no tempo pascal. Os cinquenta dias que se seguem desde o Domingo da Ressurreição até ao Domingo de Pentecostes, celebram-se na alegria como um único dia de festa, mais ainda, como o “grande Domingo” (nº 100). 2. Os Domingos deste tempo são considerados como “Domingos de Páscoa” e têm precedência sobre qualquer festa do Senhor e qualquer solenidade. As solenidades que ocorram nestes Domingos devem transferir-se para a Segunda-Feira seguinte. As celebrações em honra da Santíssima Virgem ou dos Santos, que caem na semana, não podem ser transferidas para estes Domingos (nº 101). 3. Os neófitos tenham reservado um lugar especial entre os fiéis durante todo o tempo pascal, nas Missas dominicais. Os neófitos procurem participar nas Missas juntamente com os seus padrinhos. Na homilia e, quando parecer oportuno, na oração universal ou dos fiéis, faça-se menção deles. Organize-se uma celebração especial, conforme os costumes de cada região, nas proximidades do Pentecostes, para terminar o tempo da mistagogia. É muito conveniente que as crianças façam a sua primeira comunhão nestes domingos pascais (nº 103). 4. Durante o Tempo pascal, os pastores instruam os fiéis já iniciados no Sacramento da Eucaristia sobre o significado do preceito da Igreja de receber neste tempo a sagrada comunhão. Muito se recomenda que, especialmente durante a oitava de Páscoa, se leve a comunhão aos enfermos (nº 104). 5. Onde é costume benzer as casas por ocasião das festas pascais, essa bênção seja feita pelo pároco ou por outros sacerdotes ou diáconos por ele delegados. Esta é uma ocasião preciosa para exercitar o ofício pastoral. O pároco acorra às casas, para fazer visita pastoral a cada família, mantenha um colóquio com os seus membros e com eles celebre um momento de oração, usando os textos do Ritual das Bênçãos (bênção anual nas casas). Nas grandes cidades veja-se a possibilidade de reunir várias famílias ao mesmo tempo, para celebrar em conjunto o rito da bênção (nº 105). 6. Segundo a diversidade de países e culturas, existem muitos costumes populares, vinculados com as celebrações do tempo pascal, que porventura suscitam uma participação popular superior à das próprias celebrações litúrgicas. Tais costumes não devem ser desprezados, dado que, frequentemente, exprimem bem a mentalidade religiosa dos fiéis… (nº 106) 7. Este sagrado tempo de cinquenta dias conclui-se com o Domingo de Pentecostes em que se comemora o dom do espírito Santo derramado sobre os Apóstolos, os primórdios da Igreja e o início da sua missão a “todas as línguas, povos e nações”. Recomenda-se a celebração prolongada da Missa da Vigília de Pentecostes, que não tem um carácter baptismal como a Vigília de Páscoa, mas antes o de oração intensa, segundo o exemplo dos Apóstolos e discípulos, que perseveravam unânimes em oração com Maria, a Mãe de Jesus, esperando o dom do Espírito Santo (nº 107). 8. “É próprio da festa pascal que toda a Igreja se alegre pelo perdão dos pecados, concedido não só àqueles que renasceram por meio do santo Baptismo, mas também àqueles que já são contados há mais tempo no número dos filhos adoptivos de Deus”. Mediante uma actividade pastoral mais diligente e um maior empenho espiritual por parte de todos e cada um, com a graça de Deus, será possível a quantos tiverem participado nas festas pascais testemunharem na vida o mistério da Páscoa celebrado na fé (nº 108).

Fonte:

www.sdplviseu.web.pt

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