O semáforo azul

Uma vez, o semáforo de uma cidade fez uma coisa estranha: todas as suas cores, de repente, tornaram-se azuis. As pessoas já não sabiam orientar-se. Era um azul celeste, muito belo.
Os automobilistas, sem nada entender, paravam, apitavam e protestavam. Os peões comentavam o sucedido. Um deles dizia:
– Alguém roubou o verde para fazer um relvado à porta de casa.
Um outro afirmava:
– Alguém roubou o vermelho para colorir a bandeira do seu clube.
Um terceiro sentenciou:
-Alguém roubou o amarelo para fazer azeite.
Finalmente, veio um técnico. Reparou a avaria e tudo voltou à normalidade. O semáforo azul, antes de se apagar, ainda teve tempo de dizer:
– Pobre gente! Tinha dado passagem livre para o céu. Para as alturas, mas não quiseram subir.
O céu deste conto evoca tudo o que não é rasteiro. É o espaço onde brilham o sol, a lua e as estrelas. É o espaço de liberdade onde voam as aves. Os transeuntes não entenderam a mensagem do semáforo azul, que os convidava a olhar para o alto, para o azul dos céus.
Jesus Cristo veio ao mundo para convidar as pessoas a elevar o coração para o alto, para Deus, que a todos ama com uma ternura infinita. Terminada a sua missão, Jesus subiu ao Céu e vive agora na glória do Pai. Disse que iria preparar um lugar para os seus discípulos.
Um belo motivo para ser cristão é que, vivendo neste mundo com os olhos bem assentes na terra, ocupados com as coisas terrenas, temos o olhar voltado para o Céu, de onde nos vem a esperança. Temos como que um semáforo azul a indicar-nos a nossa morada definitiva, o Paraíso.

Fonte:
Jornal Cavaleiro da Imaculada
Ano 54| nº964| julho de 2014

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