Lisboa: D. Rui Valério é o novo patriarca de Lisboa

Papa escolheu bispo das Forças Armadas e de Segurança, de 58 anos, como sucessor de D. Manuel Clemente

Lisboa, 10 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco nomeou hoje D. Rui Valério, até agora bispo das Forças Armadas e de Segurança, como novo patriarca de Lisboa, sucedendo ao cardeal D. Manuel Clemente, que renunciou ao cargo após ter completado 75 anos de idade.

O anúncio foi feito pela Nunciatura Apostólica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A tomada de posse da diocese vai acontecer a 2 de setembro, pelas 11h00, na Sé Patriarcal, diante do Cabido; a entrada solene tem lugar no dia seguinte, domingo, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos.

D. Rui Manuel Sousa Valério tem 58 anos de idade e é natural da Urgueira, no Concelho de Ourém, contando no seu percurso com vários anos de serviço junto das forças militares.

Membro da congregação dos Padres Monfortinos, fez a profissão perpétua em outubro de 1990 e recebeu a ordenação sacerdotal a 23 de março de 1991, em Fátima.

Como sacerdote, esteve nas paróquias do Concelho de Castro Verde, na Diocese de Beja, primeiro como coadjutor, de 1993 a 1995, e depois como pároco, de 2001 a 2007.

Foi também coadjutor na Póvoa de Santo Adrião, no Patriarcado de Lisboa, de 1996 a 2001 e nomeado pároco em 2001, missão que exercia antes de ser nomeado bispo pelo Papa Francisco, a 27 de outubro de 2018.

Em 2016, durante o Jubileu da Misericórdia, o novo patriarca foi um dos 1071 sacerdotes enviados pelo Papa Francisco como “missionário da misericórdia” às comunidades de todo o mundo.

D. Rui Valério foi ordenado bispo a 25 de novembro de 2018 no Mosteiro dos Jerónimos, em cerimónia presidida por D. Manuel Clemente.

O novo patriarca de Lisboa tem como lema episcopal ‘in manibus tuis’ (nas tuas mãos), evocando o abandono nas mãos de Deus; as armas de fé incluem uma referência a Nossa Senhora de Fátima e uma referência ao carisma da família religiosa monfortina, a que pertence.

Na Conferência Episcopal Portuguesa, tem funções de delegado para as relações bispos/vida consagrada e é membro da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização.

Em dezembro de 2021, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas condecorou D. Rui Valério, impondo-lhe a Medalha Cruz de São Jorge, de 1.ª classe.

O louvor dirigido na atribuição do reconhecimento destaca a “grandeza do seu caráter e da elevada estatura espiritual, que se têm constituído grande fonte de inspiração, nomeadamente no que respeita à motivação de bem servir”.

Lisboa, onde a presença da Igreja remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, foi elevada a metrópole eclesiástica, em 1393; em 1716 o Papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, ficando a antiga diocese dividida em duas até 1740, ano em que foi reunificada.

Sucederam-se até hoje 18 patriarcas, de D. Tomás de Almeida a D. Rui Valério.

D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa desde 2013, apresentou a sua renúncia ao Papa, que a aceitou após o cardeal português ter atingido o limite de idade (75 anos) determinado pelo Direito Canónico para o exercício do ministério.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, no dia em que celebrou o seu 75.º aniversário (15 de julho), o responsável católico falava de “urgência” na definição do seu sucessor, antes do início do próximo ano pastoral, em setembro, após a realização da JMJ 2023.

D. Manuel Clemente mantém-se como administrador apostólico do Patriarcado de Lisboa, até à tomada de posse do seu sucessor.

A Diocese de Lisboa tem como auxiliares D. Joaquim Mendes, com 75 anos de idade, e D. Américo Aguiar, que Francisco vai criar cardeal a 30 de setembro.

OC

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