“JESUS SUBIU AO MONTE PARA REZAR” (Mt 6,12)

“A chave que abre a porta da fé é a oração” (Papa Francisco).

Nos dias de hoje muita gente diz que não tem tempo para rezar, outros dizem que perderam o gosto de rezar e outros deixaram de rezar fruto de uma experiência negativa com a oração, ou com o “seu” Deus!

Felizmente que, também é necessário dizer, há muita gente que reza, e com muita vontade e alegria. Se há famílias que abandonaram a oração, há muitas famílias que rezam diariamente. Muita gente que reza participando nos atos de culto público, mas que, também, procura momentos de oração individual e no silêncio. Se há gente que reza apenas por necessidades pessoais, há muita gente que reza para louvar a Deus, e oferecer a sua oração em favor da humanidade.

 

“Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11,1).

Não sou a pessoa habilitada para analisar a chamada “crise” de oração. Em todo o caso, parece-me que o problema está na falta de uma verdadeira relação com Deus, e com o verdadeiro Deus revelado por Jesus Cristo. Para isso é necessário conhecer o verdadeiro Deus e aprender a rezar.

Muita gente procura livros de orações para aprender a rezar. Eu costumo dizer: o melhor livro que ensina e nos pode ajudar a rezar é a Bíblia. O Catecismo da Igreja Católica diz-nos: “A Igreja exorta com ardor e insistência todos os fiéis (…) a que aprendam a sublime ciência de Jesus Cristo com a leitura frequente das divinas Escrituras” (C.I.C. nº 2653). O melhor mestre da oração é Jesus Cristo. “Não há outro caminho para a oração cristã senão Cristo. Seja comunitária ou pessoal, (…) a nossa oração só tem acesso ao Pai se a fizermos em nome de Jesus. A santa humanidade de Jesus é, pois, o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus Pai” (C.I.C.nº2664).

São inúmeras as passagens do Evangelho que nos referem Jesus a rezar, e os motivos pelos quais reza. Jesus é o grande Mestre da Oração. Contou parábolas para nos falar da oração: a parábola do fariseu e do publicano (Lc 18,9-14); a parábola do juiz iniquo (Lc18, 1-8). Ensinou-nos a bela oração do Pai Nosso (Lc 11, 1-4). Mateus apresenta-nos uma oração de Jesus: “Eu Te bendigo, ó Pai…(Mt 11,25-30). João apresenta-nos a Oração Sacerdotal (Jo 17,1-26). No fim da Ceia foi rezar para o jardim das oliveiras, e diz aos discípulos: “Nem sequer pudestes vigiar uma hora comigo? Vigiai e orai para não cairdes em tentação, porque o espírito está pronto mas a carne é fraca” (Mt 2.26,40-41). Fez várias recomendações para uma oração bem feita (Mt 6,515; 7,711;21,21-22; Mc 11,24-26).

Valor da oração

O Santo Padre surpreendeu o mundo com uma atitude concreta. No passado dia 25 de maio convidou o presidente do estado de Israel e o presidente da Autoridade Palestiniana para um encontro de oração na sua casa, no Vaticano. “Ofereço a minha casa, no Vaticano, para receber esse encontro de oração”, declarou o Santo Padre, após a Missa a que presidiu na cidade palestina de Belém. “ Reunir-nos-emos apenas a rezar e, depois, cada qual volta para casa. Mas eu creio que a oração é importante: rezar juntos, sem fazer discussões de outro género, ajuda”. No passado dia 8 de junho esse encontro de oração teve lugar no Vaticano.

“A chave que abre a porta da fé é a oração. Quando um cristão não reza o seu testemunho é soberbo. Quem não reza é orgulhoso, é seguro de si, busca a própria promoção. Ao invés, quando um cristão reza, não se afasta da fé, fala com Jesus. Todavia, não se trata de recitar orações, como faziam os legistas, mas falar com Deus de coração a coração” (Papa Francisco).

Com Jesus, subamos à montanha para rezar e à semelhança dos primeiros discípulos, digamos: “Senhor, ensina-nos a rezar”.

 

Autor: Pe. Manuel Neiva

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