Exposição missionária teve cerca de 940 visitantes em Faro e de 300 em Vila Real de Santo António

Encerrou no passado domingo a exposição missionária itinerante ‘Pelos Caminhos do Mundo’ que estava patente em Faro desde dia 15 de julho e que já antes tinha estado, de 3 a 13 deste mês, em Vila Real de Santo António.

No encerramento, o diretor cessante das Obras Missionárias Pontifícias na Diocese do Algarve e do Secretariado Diocesano de Animação Missionária explicou que a ideia para a iniciativa promovida pelos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG) surgiu na reunião nacional de diretores diocesanos. O padre Agostinho Pinto, que manifestou a “alegria de se ter concretizado” o projeto, explicou que o Algarve fez questão de o receber no verão “para não só os algarvios, mas também os visitantes poderem contactar com a exposição”.

A intervenção do diácono Rogério Egídio, do mesmo secretariado, veio reforçar essa opção, ao explicar que a exposição foi visitada “por cerca de 939 pessoas de vários continentes” e religiões, dando como exemplo muçulmanos de origem africana. “Pelo facto de termos aqui peças de várias religiões também temos tido a presença de pessoas que professam outros credos”, sustentou.

Aquele organizador acrescentou que se tratou de “um projeto um pouco ambicioso”, patente diariamente das 10h às 22h00, que contou com a “preciosa colaboração de algumas pessoas. nomeadamente ligadas à LIAM [Liga Intensificadora da Ação Missionária]”. O Diácono Rogério Egídio agradeceu ainda aos institutos religiosos que também colaboraram.

O bispo do Algarve, recém-chegado de uma experiência missionária em Angola, manifestou o seu “reconhecimento e o da diocese por esta iniciativa se ter concretizado”, que possibilitou que a Diocese do Algarve ficasse também inserida no “movimento missionário” que acolhe esta exposição que está a percorrer o país e que agora irá para outra diocese.

D. Manuel Quintas, que agradeceu a cedência gratuita por parte das instalações do banco Santander para a realização daquela iniciativa, exortou a que a dinâmica missionária não termine com a conclusão da exposição. “Gostaria que ela ajudasse a que vivêssemos como diocese mais este dinamismo missionário. A dimensão missionária é algo que faz parte do ser cristão e do ser Igreja e não se pode delimitar no tempo”, referiu, acrescentando que “viver como batizados a dimensão missionária significa ficar sempre com o coração desperto para partir, para deixar espaço para outros e questionar-se constantemente”.

A exposição, que contou com 14 painéis – um dos quais alusivo a D. António Barroso, missionário e bispo do Porto, no centenário da sua morte, sobre quem decorre um processo de beatificação –, teve também no Algarve um espaço sobre a figura do missionário algarvio beato Vicente de Santo António, de Albufeira, mártir no Japão. A mostra integrou ainda uma zona dedicada a experiências contemporâneas de missão realizadas por algarvios, nomeadamente os que integraram o projeto de cooperação e desenvolvimento Boluka Kua Zua (que significa nascer do sol em português), constituído em 2010 com o apoio das irmãs Franciscanas Missionárias de Maria.

Ao longo dos dias em que esteve patente ao público na rua D. Francisco Gomes, junto ao Café Aliança, contou com um programa de atividades que passaram pelo audiovisual, pela música, pela dança, pelo canto e por testemunhos de missionários algarvios. Na abertura contou com o Coro de Câmara da Sé de Faro e no encerramento o momento cultural foi protagonizado por um grupo de jovens e crianças com ascendência cabo-verdiana, mas ao longo das duas semanas o Grupo Musical de Santa Maria, as comunidades venezuelana, brasileira e ucraniana também estiveram presentes.

De entre os testemunhos apresentados, contaram-se o padre Pedro Manuel, missionário em Angola, o de Andreia Barracha, missionária em Moçambique e o do padre Miguel Neto, missionário em Timor.

O encerramento contou também com a presença do novo diretor das Obras Pontifícias na Diocese do Algarve e do Secretariado Diocesano de Animação Missionária, o padre Paulinus Anyabuoke, sacerdote nigeriano, missionário do Espírito Santo.

 

Fonte: https://folhadodomingo.pt

 

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