Diocese do Algarve tem desde ontem uma nova paróquia

A Diocese do Algarve passou a partir de ontem a ser constituída por mais uma paróquia, no total de 78, mais três vicariatos e uma capelania.

O bispo do Algarve procedeu à ereção da paróquia de São Francisco de Assis do Parchal que desde 4 de outubro de 2001 era vicariato (fase que precede a ereção paroquial), tendo sido na altura desagregado da paróquia de Estômbar.

A ereção decorreu na eucaristia das 18h, na igreja paroquial daquela povoação do concelho de Lagoa com quase quatro quilómetros quadrados de área e cerca de 4.000 habitantes que foi sede de freguesia criada em 20 de junho de 1997 e extinta em 2013 no âmbito da reforma administrativa que levou à criação da nova união de freguesias de Estômbar e Parchal.

A decisão de erigir a paróquia do Parchal teve em conta para além do crescimento do vicariato, o pedido da própria comunidade cristã para que fosse ereta em paróquia, nomeadamente do seu Conselho Pastoral, que também foi acolhido pelo Conselho Presbiteral da diocese algarvia.

O bispo do Algarve, inclusivamente, já participou à Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna – para efeitos de reconhecimento de personalidade jurídica civil, em conformidade com o estabelecido na Concordata celebrada entre a Santa Sé e a República Portuguesa – que o antigo vicariato passou ontem a ser paróquia, representada pela Fábrica da Igreja Paroquial do Parchal.

A ereção paroquial, que ficou perpetuada na lápide exterior descerrada no final da eucaristia, ocorreu logo no início da celebração, presidida pelo bispo do Algarve. Após a saudação de D. Manuel Quintas, seguiu-se a leitura dos decretos de ereção da nova paróquia e de constituição da nova Fábrica da Igreja Paroquial e a provisão de nomeação do pároco da nova paróquia, o padre Domingos Fernandes, que já era paróco do vicariato há 29 anos. O empossado fez a sua profissão de fé com o juramento de fidelidade ao colégio presbiteral, ao bispo, ao papa e a toda a Igreja e assinou o auto de posse (ata) que foi lida.

O bispo diocesano realçou ser “motivo de festa e de alegria” a ereção da nova paróquia e explicou que o dia – em que a Igreja celebrou também a solenidade litúrgica da Assunção de Maria – foi escolhido por se comemorar também os 50 anos de ordenação sacerdotal do seu pároco.

D. Manuel Quintas advertiu, no entanto, que atualmente “o tempo não é de criar novas paróquias”, mas “de unir, ou pelo menos, reunir as paróquias pelo mesmo pároco”. “Hoje já não se dá só uma paróquia a um padre, mas um concelho inteiro”, constatou para demonstrar uma das consequências da diminuição do número de vocações que se vive. O prelado voltou, por isso, a pedir que se continue a rezar pelas vocações.

Ao Folha do Domingo, o pároco da nova paróquia do Parchal já tinha explicado que a comunidade, completamente estruturada pastoralmente, “já funcionava praticamente como paróquia”, uma vez que já tem igreja há 28 anos e que as pessoas são todas dali.

O sacerdote adiantou ainda que a última condição para a passagem a paróquia foi a construção do cemitério local que começou a ser feita em 2007, mas levou longos anos a ficar concluída e só entrou em funcionamento em fevereiro do ano passado.

O prior considera ainda que com o vicariato da Mexilhoeira da Carregação é difícil acontecer o mesmo, uma vez que não tem o mesmo desenvolvimento social e que civilmente é uma povoação da união de freguesias de Estômbar e Parchal. Ao nível religioso, o sacerdote explica que “as duas comunidades funcionam como uma unidade pastoral”. Ambas as localidades são compostas por grandes urbanizações dormitórios de trabalhadores em Portimão e Lagoa.

Fonte:https://folhadodomingo.pt

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