A nossa vez

O Papa Francisco tem manifestado a sua preocupação por ver uma Igreja “com as mãos na massa”, por assim dizer. O Cristianismo anuncia o amor a Deus e o amor ao próximo, que só são verdadeiramente inteligíveis em atos concretos e não em meras palavras, por mais bonitas que sejam.

Este rumo ganha particular relevo num momento em que a Europa se vê confrontada com a possibilidade de ter de sofrer as dores de parto do nascimento de uma nova sociedade, face à chegada em massa de refugiados e migrantes de várias zonas do planeta marcadas pela pobreza e a guerra.

A resposta da Igreja é só uma, por mais que possa parecer ingénua, desprevenida ou mesmo, para alguns, irresponsável: o amor. Sem olhar a credo ou cor. A civilização cristã, que muitos dizem estar agora ameaçada, é a civilização do amor, não a do medo, do racismo e da xenofobia, da discriminação ou do choque de religiões.

O preço a pagar por esta opção inegociável é alto, tem sido alto ao longo da história, e pode voltar a sê-lo. Francisco recordou, a respeito dos mártires de hoje, que ninguém pode saber se a Europa voltará a ser terra de martírio, como já foi no passado, mas a isso respondeu apenas com a necessidade de testemunhar a fé com coragem. Sempre. Porque ser cristão é mesmo isso: amar o outro até as últimas consequências e estar disposto a derramar o próprio sangue em nome de Deus.

Octávio Carmo

Agência ECCLESIA

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