As pessoas compram as coisas como se estivessem a comprar a felicidade que elas prometem. A verdade é que a alegria nunca está em coisa alguma. Por isso é que o pouco pode fazer de alguns muitos contentes e o muito pode criar ainda mais vazios a outros.
Andar à caça de coisas é uma distração do que é importante. É onde colocamos o foco da nossa atenção que determina o que somos e o que queremos ser.
Quem acredita que o seu bem-estar mais profundo (depois de satisfeitas as necessidades essenciais) depende de coisas materiais está enganado. O dinheiro e as coisas não dão felicidade a ninguém. Podem fazer-nos sentir poderosos, capazes e seguros, chegando até a causar a admiração e a inveja de muita gente, mas a verdade é que tudo isso é ilusório, porque apenas aparente.
A satisfação que depende do que temos é cada vez mais temporária e acabamos cada etapa pior do que quando a começámos… o que aumenta é a sensação de vazio que se vai apoderando cada vez mais do nosso coração.
Que te importa o que os desconhecidos pensam de ti? Não deverias dar mais valor ao que pensam os que te amam?
Se comprar te faz sentir bem, há algo de errado contigo, que através dessa estratégia estás apenas a adiar e, talvez, a agravar. Pode até chegar o momento em que te sentirás que comprar é um dever… e isso é muitíssimo triste.
Ninguém nasce ansioso por ter mais e mais, mas muitos aprendem desde muito cedo que se podem compensar as falhas emocionais com bens materiais.
O que quer uma criança? O que queria eu quando era pequeno?
Importa muito descobrir os valores que fazem de nós quem somos, recuperar o que nos faz mesmo felizes e tratar de nos libertarmos de tudo o que nos distrai disso.
A inquietação que consome quem procura ter.
Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/
Autor: José Luís Nunes Martins