6 de março de 2022 – 1º Domingo da Quaresma – Ano C

Iniciámos na passada Quarta-Feira de Cinzas o santo tempo litúrgico da quaresma, com o qual nos queremos preparar para a grande Festa da Páscoa e para o grande encontro definitivo com o Senhor no momento da nossa morte. Neste primeiro Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus pretende ajudar-nos na escolha dos caminhos que devemos seguir para vencermos as tentações com que os inimigos da nossa alma nos procuram desviar da verdadeira felicidade terrena e eterna. Esses caminhos são-nos apresentados pelo Mestre por excelência, que é Jesus Cristo. Ele quer ajudar-nos na nossa caminhada. Com Ele todas as dificuldades, por maiores que sejam, serão vencidas. Aprendamos com Ele, para que, com a Sua ajuda e exemplo as consigamos sempre também vencer.

.     Estai comigo Senhor, no meio da adversidade.

Estai comigo Senhor, no meio da adversidade, assim pedimos há momentos. E o Senhor que nunca nos abandona, estará connosco, na medida em que nós verdadeiramente queiramos estar com Ele. Para que tal aconteça, é necessário que, para além das palavras, com a nossa atitude, com a nossa vida, mostremos mesmo que queremos estar com Ele. Para que tal se verifique é necessário vencer tudo aquilo que d’Ele procura separar-nos. São as tentações. Para as vencer, o próprio Senhor, quis passar por elas, para também nos ensinar, com a Sua vida, os meios que devemos seguir para as vencer. O Evangelho fala-nos das tentações a que o Senhor se sujeitou, depois de 40 dias de oração e penitência, passados no deserto. Estas tentações, como que resumem todas as demais a que podemos estar sujeitos durante a nossa vida.

  1. “Nem só de pão vive o homem”.

As tentações podem verificar-se através da vontade desmesurada dos bens materiais, querendo possui-los cada vez mais. Por causa dessa ânsia de ter, quantos pecados se cometem, passando, por vezes, por cima dos direitos dos outros! Perante tais desvarios é necessário ter presente, como Jesus nos ensina, “que nem só de pão vive o homem”. Além disso, está comprovado pela experiência, que os bens materiais, por mais abundantes que sejam, jamais conseguirão satisfazer os anseios profundos dos que os possuem. Além disso, todos eles, serão para forçosamente um dia deixar. Razão tinha Santo Agostinho para afirmar de que só em Deus, seu coração encontrou o descanso que procurava.

É de suma importância ter presente que os bens materiais não são nossos. Somos apenas administradores dos mesmos. Só verdadeiramente a Deus pertencem. O povo de Israel, consciente desta pertença divina, ofereciam ao Senhor os primeiros frutos da terra, como nos recorda a 1ª Leitura da Missa de hoje. Esses frutos eram depois distribuídos pelos sacerdotes aos pobres, órfãos e viúvas.

  1.  “Só a Deus devemos prestar culto”.

Outras tentações são provocadas pelo orgulho. No contacto com os outros, sendo, por vezes, demasiado exigentes, prepotentes, cegos pelas vaidades da vida. O orgulho que cegou os nossos primeiros pais, continua a ser a raiz de todos os males. Com esta loucura se continua a debater a pobre humanidade.

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