Celebramos a festa de Nossa Senhora Rainha. Jesus quis coroá-La como Rainha do Céu e da Terra. Louvemo-La, louvando o fruto das Suas entranhas.
Reinará eternamente
Depois de celebrarmos a Assunção de Maria ao Céu, festejamos, oito dias depois, a Sua realeza.
Uma das orações mais bonitas do povo cristão é a Salve Rainha. Dizemos-Lhe que Ela é Rainha e Mãe de misericórdia, que é nossa vida, nossa doçura e nossa esperança.
Ela é rainha porque é Mãe de Cristo Rei, que é Senhor do Céu e da terra.
É rainha porque é a mais perfeita de todas as criaturas, a bendita entre todas as mulheres, a obra prima de Deus.
Em 1954 o Santo Padre Pio XII, que tinha proclamado o dogma da Assunção de Maria, instituiu a festa de Nossa Senhora Rainha e promulgou a Encíclica Ad Coeli Reginam sobre a dignidade e realeza de Maria. Consagrou a Igreja ao Imaculado Coração de Maria Rainha do Mundo.
“A Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original – diz o Concílio –, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores (cfr. Apoc. 19,16) e vencedor do pecado e da morte” (LG 59)
Louvemos Maria, peçamos a Sua ajuda um dia e outro. Ela tem todo o poder. É chamada a omnipotência suplicante, porque tudo pode alcançar de Seu Filho.
Procuremos que seja nossa rainha, seguindo os Seus conselhos, atendendo aos Seus pedidos.
Consagremos-Lhe a nossa vida toda, pensamentos, palavras e acções.
Em Fátima Ela pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração. Consagremo-nos também cada um de nós ao Seu Coração Imaculado.
S.João Paulo II escolheu como lema Totus tuus, todo teu, ó Maria.
Imitemos o amor deste grande papa pela Virgem. Que Ela esteja bem presente no nosso dia a dia, Pela nossa oração e pelo desejo de Lhe agradar em tudo.
Eis a escrava do Senhor
Maria responde ao Anjo: Eis a escrava do Senhor. Escolhida para Mãe de Deus, a Virgem responde com o desejo de servir em tudo a vontade de Deus. Ensina-nos o caminho da verdadeira grandeza: reconhecer a nossa pequenez e dispor-se a cumprir a vontade de Deus.
Amar a nossa Senhora, procurar que seja a nossa rainha de verdade há-de levar-nos a imitá-La nas Suas virtudes, na Sua humildade, na Sua pureza, na Sua fé, na Sua entrega à vontade de Deus.
Rezemos-Lhe muitas vezes a Salve Rainha. Recitemos todos os dias o terço com piedade e a horas convenientes. Procuremos viver outras devoções recomendadas pela Igreja. Uma delas o escapulário do Carmo que nos põe sob a protecção da Virgem. Ela prometeu a S. Simão Stock, em 1251, que não deixaria cair nas chamas do inferno quem usasse o escapulário do Carmo e com ele morresse. O Card. Tarancón contava que em 1938, na guerra civil espanhola, foi chamado a assistir espiritualmente a alguns condenados à morte. Um deles resistia a confessar-se apesar de ter recebido uma boa formação cristã. Como último recurso pediu-lhe se permitia que lhe impusesse o escapulário e ele consentiu. Daí a pouco ouviu soluços e uma espécie de rugido.
Ele aproximou-se chorando: Quero confessar-me.
No final dizia: padre, obrigado, pelo bem imenso que me fez.