A centralidade da Eucaristia

A liturgia eucarística é uma ação de graças, uma consagração, um memorial e uma oferenda acompanhada de intercessões, que convidam os oficiantes e fiéis a voltarem-se para o altar do Senhor numa atitude de adoração e de contemplação. O convite para esta oração eucarística sublinha esta atitude: «Corações ao alto! O nosso coração está em Deus! Demos graças ao Senhor nosso Deus! É nosso dever, é nossa salvação!» .
Quaisquer que sejam as disposições arquitetónicas da igreja, estas duas atitudes complementares da liturgia deverão ser respeitadas: o diálogo face a face da liturgia da Palavra e a orientação contemplativa da liturgia eucarística. Muitas vezes, toda a celebração se desenrola como um discurso e um diálogo, em que a adoração, a contemplação, o silêncio não têm qualquer lugar. O constante face a face dos oficiantes e dos fiéis volta a fechar a comunidade sobre si mesma. Pelo contrário, uma correta celebração, tendo em conta a preeminência do altar, da discrição do ministério dos oficiantes, da orientação de todos para o Senhor e da adoração da sua presença significativa pelos símbolos e realizada pelo sacramento, a liturgia é esta respiração contemplativa sem a qual ela se arrisca a ser um fatigante palavreado religioso, uma viva agitação comunitária, «uma espécie de lenga-lenga».

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