22 de Agosto de 2014 – Virgem Santa Maria, Rainha

Celebrámos há oito dias a Assunção de Nossa Senhora ao Céu. É o quarto mistério glorioso do terço.

A Liturgia convida-nos a meditar o quinto mistério, celebrando a Virgem Santa Maria Rainha.

«Finalmente, a Virgem Imaculada, que fora preservada de toda a mancha de culpa original, terminando o curso da sua vida terrena, foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos Senhores e vencedor do pecado e da morte».

Maria, verdadeira Rainha do Universo

Se cada fiel, em razão do seu Batismo, participa, a seu modo da tríplice missão de Jesus Cristo – profética, sacerdotal e real – Maria tem esta participação num grau eminente, em virtude da sua relação única com o Filho. Ela «cooperou de modo absolutamente singular – pela obediência, pela fé, pela esperança e pela caridade ardente – na obra do Salvador para restaurar a vida sobrenatural das almas. (Lumen Gentium, nº 61).

Causa da nossa alegria. O aparecimento de Maria na terra é como o clarão da aurora que anuncia o nascer do sol. Por isso, a alegria e o contentamento a que se refere o profeta Isaías pode, com toda a verdade, aplicar-se também a Nossa Senhora.

Deus tinha um projeto de salvação para todos nós. Com o fiat da Anunciação de Maria, começa a realizar-se: «o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha aos ombros e o bastão do seu opressor foram quebrados».

Mas Deus quis fazê-lo chegar até nós através do Coração Imaculado de Maria. Durante alguns momentos – os estritamente necessários para que Ela soubesse o que o Senhor lhe pedia – a entrada do Verbo na história dos homens esteve dependente do sim de Maria.

Este consentimento implicou o pôr de lado todos os projetos pessoais: enfrentar o desconhecido com limitada generosidade e confiança em Deus.

Mãe do nosso Rei. O sim de Maria implicou tornar-se Mãe de Jesus, vivendo estreitamente unida a Ele e cooperando na Sua missão redentora como nenhuma outra criatura.

Conduz-nos a Jesus. Toda a história da nossa vida se passa num diálogo com Deus: Ele pede, aponta metas de generosidade, animando-nos a subir até junto d’Ele; e nós respondemos com maior ou menor prontidão aos Seus apelos.

Um gesto de generosidade abre a porta a muitas outras possibilidades. Estamos longe de imaginar a importância que tem, para nós e para a história dos homens, um sim ou um não a Deus, numa coisa que nos parece insignificante.

Servir, o sinal do cristão. Maria recebe, por intermédio do Arcanjo, a missão de ser a Mãe do Redentor e o sinal dado é a maternidade miraculosa de Isabel. Além disso, há entre o Filho de Maria e o de Isabel uma relação misteriosa que, enquanto, só Deus conhece: João será o Precursor de Jesus.

Nossa Senhora vai ter com Isabel para a felicitar e pôr-se às suas ordens, para a servir nas tarefas mais humildes. É então que Isabel proclama a Virgem de Nazaré «a Mãe do meu Senhor», a Mãe do Rei que ocupará para sempre o trono de David, seu antepassado.

Servir é, de facto a única mensagem que os homens de hoje entendem, quando alguém lhes fala da Igreja: servir como Maria; como Jesus na Vida Pública e no Cenáculo, lavando os pés aos Apóstolos. Hoje, Maria continua a distribuir pelas pessoas os seus cuidados de Mãe, mas conta sempre com cada um de nós como instrumento da sua ação maternal.

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