24 de agosto de 2014 – 21º Domingo do Tempo Comum Ano A

Cristo Jesus é proclamado como filho de Deus. A fé N’Ele, Filho de Deus Vivo, é fundamento e vigor da Igreja.

Pedro responde com iniciativa e profundidade a Jesus. Constituído Depositário de Autoridade deve exercê-la como o Mestre, em serviço permanente e com carinho paternal na atenção a todos e de maneira particular com os mais débeis.

O MESSIAS: FILHO DE DEUS VIVO

a)      Jesus é Único

Ouvimos falar com frequência de Jesus e as opiniões são muitas vezes radicalmente diferentes do Evangelho: Homem excepcional; Mestre de vida moral; Revolucionário, Profeta. É o somatório das vagas ideias que passam pela cabeça de muita gente. São contudo respostas insuficientes. Jesus supera infinitamente estas figuras. Ele é Único.

Também não basta a admiração pela Pessoa de Jesus para nos consideramos seus discípulos. É necessário reconhecer que Ele é o Messias, mais que Elias, mais que os Profetas, mais que João Batista: Ele é o Filho de Deus, o próprio Deus.

b)      Atitude de Pedro

A nossa resposta a Jesus não pode ser vaga, impessoal, académica. Tem de sair do mais profundo de nós mesmos. Deve ser fruto da docilidade ao Pai no Espírito Santo. Não é uma resposta só do ouvir, mas do «ver» e do «tocar», do conhecimento do próprio Cristo. É uma resposta de fé que se expressa na adesão, na confiança e na entrega ou compromisso.

Pedro assume a iniciativa e expressa o seu pensar e saber, não só sobre os raciocínios e os dados humanos, mas na abertura ao sobrenatural e à docilidade a Deus.

A visão de Pedro resulta ser visão profunda que os tempos reforçarão na sua verdade e permitirão apreciar a grandeza desse gesto e dessa adesão.

Ainda hoje, Pedro, sobressai – muitas vezes «só» – na afirmação de verdades profundas sobre Deus, o Homem e a História. Não lhe bastam opiniões nem maiorias de opiniões baseadas em sondagens sinceras e naturais, muito menos das forjas na afirmação do que a «carne e o sangue» não podem revelar.

c)      Tu és Pedro

1-      Mudança de Nome: o nome de Simão é mudado para Pedro, pedra. Jesus Cristo confere-Lhe a missão de uma particular tarefa na Igreja: tarefa de firmeza, segurança e robustez. Ele é Pedra importante do edifício que jamais ruirá, edificado permanentemente pela Eucaristia, expressão máxima de entrega de Deus à Igreja e da Igreja a Deus.

tudo o que é contrário ao bem, à vida, o mal – Maligno e o seu poder – não prevalecerão contra Ela.

2-      Entrega das chaves: entrega da autoridade.

Cristo Jesus escolhe para seu discípulo quem Lhe apraz e não olha às condições sociais, de raças ou de talentos.

Para a sua Igreja coloca como Cabeça de todo o Corpo um homem simples e proveniente do povo «sem história e genealogia». Que inovação! Num tempo em que comandam os laços da nobreza ou das genealogias!

Cristo é Único e encanta-se de confiar nos mais pequenos e nos mais débeis porque Ele conhece os corações. Na realidade a autoridade de Jesus:

-Não é autoridade para o domínio e a imposição.

-Não forja personalidades vidradas, melindrosas e calculistas.

– Não cria círculo de promoção para sua segurança.

– Não é caminho para honras e privilégios.

– É serviço, disponibilidade e entrega.

– É relação paternal em disposição ao sacrifício constante pelos seus filhos.

-É verdade, unidade e comunhão.

Embora lhe pudesse ter custado, Pedro, aprendeu onde radica a autoridade. Ficar-Lhe-ia gravada a «lavagem dos pés». Ela é serviço e entrega. É autoridade exercida em comunhão permanente com a Comunidade e pelos caminhos da Liberdade.

Na realidade a figura de Pedro tem sido sempre motivo de liberdade da própria Igreja diante de esquemas ou ideais de todo o tipo.

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