2 de janeiro de 2022 – Solenidade da Epifania do Senhor

Na Santa Missa vimos encontrar-nos com Jesus como os reis magos, adorá-Lo e entregar-Lhe a nossa vida para que a ofereça ao Pai. Avivemos a nossa fé e a nossa alegria por encontra-Lo.

Vimos a sua estrela no Oriente

Os magos que hoje recordamos continuam a ser uma lição para nós. Vieram de muito longe á procura de Jesus. Não se pouparam a sacrifícios para O encontrarem. Não era uma viagem fácil naqueles tempos. Podemos imaginar os incómodos, os perigos que tiveram de enfrentar.

O Evangelho fala-nos do seu entusiasmo e da sua alegria. Vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo – diziam. Em cada domingo vimos ao encontro de Jesus e temos de o fazer com alegria.

 A fé é para nós a luz que nos guia até Ele. É uma luz mais forte e mais clara que a dos magos. Fiamo-nos na palavra de Jesus, temos a garantia dos Seus milagres, temos a ajuda da Sua igreja que continua a repetir-nos as Suas palavras e a ser luz para toda a humanidade.

A fé tem de iluminar a nossa vida de cada dia, tem de ir à nossa frente. Quando parecer que a perdemos temos de fazer como os magos: perguntar a quem nos pode ensinar. Não a Herodes, mas àqueles que o Senhor pôs em Seu nome cá na terá para nos guiarem com a Sua autoridade divina.

Na Santa Missa Jesus alimenta-nos com a Sua Palavra. É a primeira parte da Missa. Devemos estar atentos ao que nos diz, guardá-lo e meditá-lo. Só Ele tem palavras de vida eterna.

A segunda parte é chamada liturgia eucarística. Jesus muda o pão no Seu Corpo o vinho no Seu Sangue, tornando presente sobre o altar o sacrifício do Calvário. Ele oferece de novo a Sua vida por nós como oferta agradável a Deus e convida-nos a oferecer com Ele a nossa vida: alegrias, penas, trabalhos e sacrifícios.

Como os reis magos que ofereceram ouro, incenso e mirra, também nós trazemos a Jesus o que temos de melhor: o nosso coração, o desejo de fazer a vontade de Deus e de fazer com que todos O amem.

 

Prostraram-se diante dele

Ao chegarem junto de Jesus Menino os magos prostraram-se diante dEle para O adorarem. Reconheciam-nO  como o Messias anunciado ao Povo de Israel, mas também como verdadeiro Deus.

Adorar é reconhecer que Deus é o Criador, o Senhor de tudo. É a primeira obrigação do homem diante dEle.

Como sinal dessa adoração ajoelhamos com os dois joelhos ou genuflectimos com o joelho direito. Devemos fazê-lo ao entrar na igreja e nalguns momentos da missa. São gestos simbólicos que servem para dizer ao Senhor que Ele é muito grande, mesmo quando escondido na Eucaristia e que nós somos muito pequenos diante dele. Devemos pôr nesse gesto toda a nossa alma. Como aquela miúda que fazia muito bem a genuflexão. O pároco perguntou-lhe: quando genuflectes que dizes a Jesus?

-Digo-Lhe baixinho: -ó Jesus eu gosto muito de Ti.

Que pena que muitos cristãos entrem na igreja e não saibam ajoelhar com reverência e humildade. Nesses gestos podemos ver a fé ou a falta de fé das pessoas que ali vão.

As nossas mães, quando éramos pequenos, ensinavam-nos essas coisas. Hoje muitas não têm o cuidado de o fazer. E é pena.

Durante a missa devemos tomar as atitudes que a Igreja recomenda: de pé, de joelhos, ou sentados.

À consagração, se não estamos impedidos, é-nos dito que devemos ajoelhar em adoração a Jesus que Se torna presente no altar. Antes de comungar, se podemos, devemos genuflectir adorando a Jesus na hóstia consagrada. Assim imitamos os reis magos.

 

Regressaram por outro caminho

Os reis magos voltaram por outro caminho para a sua terra, avisados por Deus. É uma lição para nós. Depois de nos encontrarmos com Jesus a nossa vida tem de renovar-se. Temos de ver melhor o que Ele espera de nós.

Ao ouvir a Jesus, ao olhar para Ele que é o nosso modelo, descobrimos tantas coisas que é preciso pôr de acordo com Ele. O encontro com Jesus é sempre um convite à conversão, ao arrependimento, a uma vida de santidade. Ao sair de cada missa, depois de estarmos com o Senhor, temos de ir dispostos a mudar muitas coisas em nossa vida. Coisas grandes ou coisas pequenas que fazem parte do nosso caminhar cá na terra.

Um navio que vai pelo mar fora em busca dum porto longínquo necessita dum piloto que o guie com segurança acertando bem a direcção e afinando-a uma e outra vez. Doutro modo no fim da viagem pode estar a milhares de quilómetros de distância do porto pretendido.

Jesus espera de nós esta conversão contínua. É essa a melhor prenda que Lhe podemos dar em cada missa. É a oferta de nós próprios, a entrega do nosso coração, mais valiosa que todo o ouro do mundo.

Os magos encontraram Jesus nos braços de Nossa Senhora. É Ela sempre que nos apresenta Jesus e que nos ensina a amá-Lo cada dia mais, a nunca O perder pelo pecado, a lutar mais por sermos santos.

Segundo uma antiga tradição os magos vieram a ser cristãos mais tarde e são venerados como santos, encontrando-se os seus corpos na catedral de Colónia, na Alemanha.

Que a Virgem e S. José nos ensinem a amar a Jesus com mais alegria e generosidade e viver melhor a Eucaristia de cada domingo.

 

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