2 de fevereiro – Festa da Apresentação do Senhor

Caríssimos irmãos:

Celebrámos com muita alegria, há quarenta dias, a solenidade do Natal do Senhor.

Hoje é o santo dia em que Jesus foi apresentado no templo por Maria e José. Exteriormente cumpria as prescrições da lei, mas na realidade vinha ao encontro do seu povo fiel.

Aqueles dois santos velhos, Simeão e Ana, tinham vindo ao templo sob a inspiração do Espírito Santo; iluminados pelo Espírito, reconheceram o Senhor e anunciavam-no a todos com entusiasmo.

1. A Sagrada Família cumpre humildemente a Lei de Moisés..

A Lei de Moisés determinava que quarenta dias após o nascimento de uma criança do sexo masculino, seus pais o deviam oferecer ao Senhor e sua mãe, por um rito próprio, deveria receber a purificação legal. A maternidade significava uma pausa na vida de cada dia e, por este rito, com as forças já restabelecidas, a mãe voltava à vida normal, daí a chamada purificação legal.

Com que alegria e cheios de humildade, Maria e José, cumpriram integralmente tudo quanto a Lei determinava. Se não surgissem os santos velhos Simeão e Ana, que inspirados pelo divino Espírito Santo, os reconheceram, tudo teria passado despercebido. Jesus, Maria e José, a Sagrada Família de Nazaré, cujos membros são o que de mais sublime existiu neste mundo, humildemente a tudo se submetem. Ali estava o verdadeiro e único Salvador do mundo, a toda pura e imaculada Mãe de Deus e o Seu castíssimo esposo S. José, o homem justo.

Que grande lição para todos nós! Com quanta facilidade, por vezes, se procura desculpa para o não cumprimento da leis de Deus e da Santa Igreja.

 

2. Jesus é a verdadeira fonte da alegria, da paz e da felicidade.

Simeão exulta de alegria ao receber em seus braços o Menino Jesus que o Espírito Santo lhe havia revelado. Ao contemplá-LO exclama inebriado: “Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo”.

Sentimentos semelhantes devíamos sentir nós, pois a fé que professamos, garante-nos que o mesmo Jesus está real e verdadeiramente presente na Hóstia consagrada, em todos os Sacrários da Terra, como o Anjo de Fátima veio lembrar ao mundo. Pela sagrada comunhão Ele quer mesmo entrar dentro de nós. Maior intimidade e motivo de alegria já não é possível existir.

 

3. A nossa correspondência e gratidão.

 Recebemos da Sagrada Família de Nazaré e dos santos velhos Simeão e Ana, lições de humildade que importa imitar. Assim se confirma, mais uma vez, que é aos humildes que Deus se revela: “Eu te bendigo ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque revelaste estes mistérios aos pequeninos”. Quantas alegrias desperdiçadas se nos deixarmos ofuscar pela soberba e vaidade da vida. Que tal desgraça nunca nos aconteça.

Jesus é levado ao Templo ao colo de Sua Mãe, Maria Santíssima. Ela, a Imaculada, a toda pura, confessa-se humilde escrava do senhor. Como precisamos imitá-LA!

Pelo batismo passamos a ser também filhos de Deus e Nossa Senhora nossa Mãe. Como tal Ela deseja o bem e a alegria de todos nós. A maior prenda que tem para nos dar é Jesus. Por Maria vamos a Jesus. Vamos recebê-LO com muita fé, amor e profunda gratidão na Sagrada Comunhão. Vamos sentir a alegria de O anunciar a tantos que ainda O desconhecem.

Correspondamos à vocação que Deus nos deu. Vamos viver esta intimidade divina com muita fé e entusiasmo. Assim com a Santíssima Trindade, Nossa Senhora, S. José e restantes Santos do Céu nos encontraremos um dia, para com eles vivermos para sempre.

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