19 de abril de 2019 – Sexta-Feira Santa- Celebração da Paixão do Senhor

Comemoremos dois aspectos do mistério da cruz:
O sofrimento que prepara a alegria da Páscoa e a humilhação e opróbrio de Jesus, dos quais promana a glorificação.
Cristo que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota, para nós, a vida divina; passamos da morte do pecado à vida em Deus.

1. A Cruz fonte de salvação

Cristo crucificado é pois o “Verdadeiro Cordeiro pascal”; ele é a “nossa Páscoa” imolada. “Verdadeiro”, porque é a realidade daquilo que os sacrifícios antigos exprimiam:
A salvação recebida e esperada, a aliança com Deus e a inserção em seu desígnio.
Já os profetas e o Segundo Isaías, descrevem o Servo do Senhor no momento em que realiza a sua missão de libertar o ovo de seus pecados e de torná-lo agradável a Deus, como cordeiro inocente, carregado dos delitos do seu povo, e que, em silêncio, se deixa conduzir ao matadouro. E é da sua morte, aceite livremente, que provém a justificação para todos.
Isaías lembra-nos as dores e as afrontas que o Messias Cristo, tem de sofrer. Também nós temos de sofrer. Cristo dá valor a esses sofrimentos e ajuda-nos a levar a Cruz.

2. Pela sua obediência, torna-Se nossa salvação.
Para que serviram os sofrimentos de Cristo? Para nos salvar, já que ele era a Vítima e Sacerdote. A sua vitória sobre o pecado e a morte é também a nossa vitória.
A vida do homem está marcada pela Cruz; doenças, fracassos nos negócios, problemas internos, guerras, fomes, catástrofes,…
Que havemos de fazer? Aceitação cristã.
Aceitar as dores como Ele. Hoje é Sexta-feira Santa; todos temos algum problema em casa. Saiamos daqui com nova visão. Cultivemos o sentido da penitência neste dia de jejum e abstinência!

3. A paixão segundo S. João conduz-nos ao entusiasmo da ultrapassagem da Cruz – escândalo.
O crente encontra na cruz alegria, glorificação e o alçar da cruz ao máximo trono de apoteose.
Na cruz divisa-se a obra completa de Jesus Cristo, tudo o necessário para que os frutos surjam com perfeição total.
Realmente a cruz é o sacrifício pascal; certo, autêntico e verdadeiro para que haja união do povo em aliança nova.
O discípulo é aquele que ouviu Cristo e, se interrogado, sabe responder sem envergonhar-se, ao contrário de Pedro.
Escutámos com respeito amoroso a Paixão do Senhor que nos salva. Amemos a Cristo que nos dá tudo, até a própria vida; que nos deixa em testamento Sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria.

Em tríduo pascal e Sexta-Feira Santa, perante a Cruz, nosso sinal, ajoelhemos, física e mentalmente; vivamos esta alegria dos méritos de quem morre por nosso amor.
Aguardemos a Sua ressurreição e libertem-nos dos males.

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