13 de outubro de 2019 – 28º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Dez infelizes, cheios de lepra, pediram com grandes gritos a Jesus que os curasse. Não podiam aproximar-se das outras pessoas porque a lei não permitia. Todo aquele que sofria daquela doença era afastado, não só da comunidade, como da própria família.
Jesus teve piedade daqueles homens e mandou-os apresentarem-se aos sacerdotes. Só estes podiam verificar que eles estavam curados e permitir que voltassem de novo para junto do povo.
“no caminho ficaram curados”.
Na primeira leitura vimos que para Naamã a condição de cura era lavar-se sete vezes no rio. Ele curou-se porque obedeceu à ordem de Eliseu e em sinal da sua gratidão para com Deus levou consigo um pouco de Terra de Israel para fazer um altar e oferecer sacrifícios ao Deus verdadeiro.
Os dez leprosos curam-se porque obedeceram à ordem de Jesus. Tiveram confiança nele que consideraram um profeta e cumpriram as determinações da lei como estava prescrito.
Estes homens ficaram imensamente felizes, porque tudo tinha acontecido legalmente. Possivelmente deram uma oferta para o templo e retiram-se em paz com a sua consciência, pois o Senhor tinha-lhes feito um favor e eles pagaram-no conforme o que os sacerdotes determinaram.
Se nove pensaram desta maneira um deles, que era samaritano, não pensou assim e voltou atrás para agradecer a Jesus a sua cura.
– “onde estão os outros nove?”, perguntou Jesus.
Os outros nove foram infiéis ao amor de Jesus. Para o samaritano o mais urgente foi manifestar o seu amor reconhecido. Ele compreendeu que, mais importante que a sua cura, foi o seu encontro com Cristo.
Para este homem Jesus era mais que um profeta, era o “lugar” onde encontrou Deus e lhe deu graças. Deus estava em Jesus e ao encontra-lo, esse homem reconheceu que estava na presença de Deus.
Naamã levou Terra de Israel para dar graças a Deus, porque acreditou que era nessa terra que o Deus verdadeiro estava. O samaritano nem sequer pensou em entrar em Israel para dar graças a Deus pois ao encontrar Jesus encontrou Deus.
É este o exemplo que o Senhor nos põe hoje para imitarmos nas nossas relações com Deus e com os irmãos. Pedir graças, recebê-las, agradecer, não é tudo. O louvor a Deus é a expressão do amor puro, a forma da oração perfeita. Ao louvar e agradecer a Deus realizamos a maneira mais perfeita de pedir ao Senhor tudo o que necessitamos.
Deus não tem necessidade dos nossos agradecimentos, mas nós, como o samaritano, temos necessidade de ouvir a palavra da salvação: “A tua fé te salvou”.

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