13 de junho – Festa de Santo António de Lisboa

Com alegria e gratidão vamos celebrar a Festa de Santo António, nascido em Lisboa e falecido em Pádua, Itália. Dado o seu poder de intercessor junto de Deus, este grande Santo é conhecido e venerado em todo o mundo. Mais uma vez a ele hoje vamos recorrer para agradecer, pedir e também meditar nas lições de vida que nos deixou. Seguindo-o, estaremos a garantir um dia estarmos com ele no reino dos céus.

 

1.     Ser sal da terra e luz do mundo.

Jesus, Mestre por excelência, revela-nos com Sua Palavra e mais ainda com Sua Vida, o caminho que devemos seguir para alcançarmos aquilo que Ele e nós mais desejamos, isto é, a felicidade terrena e eterna. Para que tal aconteça, diz claramente que devemos ser “sal da terra “e “luz do mundo”. Como o sal dá sabor e conserva os alimentos e a luz ilumina o caminho que devemos percorrer, assim o fez, e o devemos fazer nós também, cumprindo integralmente a vontade de Deus.

Só imitando Jesus, nosso amantíssimo Mestre e Salvador, seremos “sal da terra” e “luz do mundo”. Foi esta a Escola seguida por todos os Santos e muito concretamente pelo nosso querido Santo António. E porque assim foi, a memória de Santo António continua bem presente ao longo dos séculos e em todo o mundo.

 Em Itália, onde faleceu com apenas 36 anos de idade, é chamado e conhecido por todos como “O Santo”.  Sim, ele e só ele, é reconhecido por “O Santo”.

 

2.     Exemplo da vida de Santo António.

 

Santo António, que no Batismo recebeu o nome de Fernando, nasceu, na cidade de Lisboa, bem perto da respetiva Sé Catedral, no dia 15 de Agosto de 1195. Já então nesse dia, se celebrava, com muita fé e amor a Festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu.

Seus pais, D. Martinho de Bulhões e D. Maria Taveira eram pessoas tementes a Deus, pelo que souberam dar uma boa educação religiosa a seu filho Fernando. Neste ambiente cristão, Fernando crescia em idade e graça diante de Deus. Certo dia é interpelado por D. Gonçalo Mendes, Prior de S. Vicente de Fora, sobre a sua vocação. Revelou estar disposto a deixar a sua casa, pais e restante família, para seguir mais de perto a Nosso Senhor. Assim, com apenas 15 anos iniciou o seu noviciado na Ordem dos Agostinhos, no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Por se sentir perto de casa com a possibilidade de ter visitas de seus familiares revelou vontade de viver mais só com Deus. Por isso, a seu pedido, foi transferido para o Mosteiro de Coimbra.  Neste Mosteiro, durante 8 anos dedicou-se, com muito empenho, à oração e ao estudo, preparando-se assim para receber o Sacerdócio.

Viviam-se tempos difíceis. A Europa encontrava-se invadida pelas seitas dos Albigenses, Cátaros e Valdenses. Para combater estas heresias, o Divino Espírito Santo tinha feito surgir duas grandes figuras da Igreja: S. Francisco de Assis e S. Domingos de Gusmão, fundadores de outras famílias religiosas.

O martírio de cinco jovens franciscanos em Marrocos, tocou profundamente o coração do bondoso Pe. Fernando, revelando então vontade de, como eles, dar a vida por Nosso Senhor. Para que tal se concretizasse, conseguiu mudar da Ordem dos Agostinhos para a dos Franciscanos, passando a ser conhecido desde então por Frei António. Nessa qualidade partiu para Marrocos, mas já na viagem foi acometido por uma doença, que o obrigou a voltar a Portugal. No regresso, graças a uma grande tempestade o respetivo barco, andando à deriva, foi parar à Itália. Aí, se encontrou com o Fundador dos franciscanos, S. Francisco de Assis, que reconhecendo nele dotes de oratória e profundos conhecimentos teológicos, o escolheu para ser o grande pregador contra as já referidas heresias. Foram muitos os prodígios que confirmaram a autenticidade de seus sermões, que, por isso, arrebatava as multidões.

Faleceu em 13 de Junho de 1231, tendo apenas 36 anos de idade. A sua língua conserva-se intacta, junta com as respetivas relíquias do mesmo Santo, na Basílica de Santo António de Pádua.

Santo António é o português mais conhecido e venerado em todo o mundo. A ele continuemos a recorrer nas nossas necessidades espirituais e matérias e prometamos seguir os seus tão nobres e belos exemplos para um dia podermos estar com ele também no reino dos céus.

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