13 de junho de 2015 – Santo António de Lisboa

As festas dos santos proclamam as maravilhas de Deus nos seus servos e proporcionam a nós, seus fiéis, os bons exemplos a imitar na nossa vida corrente.

Todos eles trilharam caminhos idênticos aos nossos, cada qual na fidelidade à vocação a que foi chamado, numa dura caminhada para Deus, a que foram fiéis. E porque o foram, são para nós exemplo a seguir, numa resposta à chamada universal à santidade.

Santo António é um dos múltiplos exemplos a seguir e para nós, portugueses, particularmente, porque além de ser um santo de devoção universal é um santo português.

EXEMPLO DE FIDELIDADE

Quem foi o Santo António? Nascido em Lisboa, de família cristã, recebeu no batismo o nome de Fernando, que mais tarde, como membro da Ordem Franciscana, veio a trocar pelo de António.

Muito jovem, começou os seus estudos no mosteiro dos cónegos regentes de Santo Agostinho de São Vicente de Fora, para pouco depois se passar para o convento de Santa Cruz de Coimbra, onde estudou durante dez anos e foi ordenado sacerdote.

Ao tomar conhecimento do martírio dos primeiros cinco mártires franciscanos em Marrocos, sentiu veemente desejo de os imitar e por isso passou-se para a Ordem Franciscana onde, como se disse, tomou o nome de António.

Embarcou para a África, mas devido a uma tempestade, a embarcação foi dar às costas da Sicília, onde desembarcou.

Durante dez anos, quer como professor de Teologia em Tolosa, Bolonha e Pádua, quer como orador arrebatador de multidões em Itália e sul da França, levou uma vida de penitência e oração, irradiando luz e graças, com uma vida de prodígios e milagres sem conta.

EXEMPLO DE AMOR A CRISTO

Pelo ardor com que falava de Deus e Suas maravilhas, foi apelidado de «Arca do Testamento».

Foi por Ele que deixou família, casa e posição social, para se entregar de alma e coração ao serviço de Deus na Ordem dos Cónegos Regentes de Santo Agostinho. E para mais e melhor servir a Cristo numa renúncia total, mudou-se depois para os Frades Menores Franciscanos; e para ser mártir, como os mártires de Marrocos. Mas os desígnios de Deus são insondáveis!

A vontade de Deus era bem outra. Por um capricho da natureza, uma tempestade levou-o à Sicília, para que pela pregação, na Itália e sul da França, combatesse heresias que então grassavam nesses países.

A partir de então, até à morte, feito tudo para todos, sem descanso, só pensava em ganhar almas para Deus. E Deus, com prodígios espantosos, ia confirmando a sua doutrina e ardor apostólico.

SAL E LUZ DO MUNDO

Foi realmente sal, porque com a sua palavra procurou conservar e preservar do erro da heresia a fé católica. E não só com a palavra como também com os seus escritos e eficácia do seu exemplo.

Como luz do raio que num momento se propaga do oriente ao ocidente, assim também a fama da sua doutrina e do seu exemplo brevemente se propagaram a toos os recantos do mundo.

Pode dizer-se que não há país na terra onde se não tenha propagado a devoção a Santo António.

SANTIDADE

A santidade a que todos somos chamados consiste, não em realizar coisas extraordinárias, mas no cumprimento alegre e consciente do nosso dever de cada dia. E, deste modo, que melhor honraremos Santo António.

A realizar este ideal nos ajuda a comunhão bem-feita para a qual somos convidados em cada Celebração da Eucaristia.

Animados pela palavra de Deus e o exemplo de Santo António, vamos retomar o nosso trabalho, determinados a sermos luz para os nossos irmãos, orientando-os nos caminhos que levam até Deus.

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