11 de outubro de 2020 – 28º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Os grandes momentos e acontecimentos da vida estão marcados pelo banquete, a refeição melhorada a festiva. Celebramos com o banquete o aniversário natalício, o Baptismo, a Primeira Comunhão, a Profissão de fé,; o casamento e a Ordenação Sacerdotal.

Num banquete, para além da alegria do convívio festivo, toda a espécie de fome e sede são saciadas.

A Igreja convoca-nos, em nome de Deus, para o Banquete Semanal de cada Domingo e Festas.

Que acolhimento temos dado a este convite do Senhor que deseja sentar-nos à Sua mesa para nos tornar felizes?

 

  1. O banquete divino

 

O profeta Isaías, em nome de Deus, fala-nos da Salvação temporal e eterna sob a figura de um banquete.

 

Servido na Igreja. «Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos

Isaías profetiza para o Povo de Deus, possivelmente já regressado do cativeiro de Babilónia. A referência que nele faz à superação da morte, das lágrimas e da vergonha, poderia sugerir que profeta se situaria num momento histórico posterior ao Exílio na Babilónia, quando Judá já teria reconquistado a liberdade.

Deus não é um ausente da nossa vida e das nossas aspirações e chama-nos à felicidade temporal e eternal sob a figura e um banquete.

Jesus Cristo serve-nos, na Igreja, o alimento da nossa vida sobrenatural: a Palavra de Deus e os Sacramentos.

Temos um Sacramento para cada situação da vida: o Baptismo para o nascimento sobrenatural;  a chegada ao estado adulto do cristão, pela Confirmação; a Santa Unção para a doença ou perigo e morte; e ainda dois sacramentos sociais: o Matrimónio, ao serviço da vida natural; e a Ordem, para a vida sobrenatural.

Ficam à nossa disposição especialmente dois que podemos e devemos repetir: a Reconciliação e Penitência, para nos restituir a saúde e a vida; e o Eucaristia, para alimento diário.

Antes de cada banquete, costumamos dedicar algum tempo à nossa apresentação pessoal, desde a limpeza ao asseio. Jesus ensina-nos que a Palavra de Deus nos prepara uma boa apresentação para participarmos neste banquete: «Vós já estais limpos, devido à palavra que vos tenho dirigido.» (João 15, 3).

Talvez atendendo a isto, a Igreja dividiu sempre a Santa Missa em duas partes: A Liturgia da Palavra — com uma ou duas leituras da Bíblia,  salmo de meditação e Evangelho — e Liturgia Eucarística — em que é transubstanciado o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor e O recebemos na comunhão sacramental.

 

  1. Convidados para o banquete

 

Somos todos convidados. «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: […] tudo está pronto. Vinde às bodas’

Deus convida-nos para o Banquete da Salvação, porque deseja encher a Sua Mesa de filhos muito felizes. Ele é magnânimo em tudo o que faz.

Figura o convite para o Banquete da Salvação naquele que fez o grande rei para as núpcias do seu filho.

Concretiza esta oferta de participação na festa no convite para a Missa Dominical, ao qual preside Ele mesmo e nos dá, não comidas vulgares, mas a Sua Carne e Sangue na Eucaristia.

Ninguém está dispensado de participar nele, porque é fundamental para nós. Devemos acolher o convite com agradecimento e participar nele devidamente preparados, sabendo perfeitamente o que vamos fazer.

  • Participantes no banquete. Deus convida-nos a todos para cada domingo e aguarda com ansiedade — falando em linguagem humana — o nosso aparecimento diante da porta da Igreja, tal como exultamos quando convidamos um amigo para almoçar connosco e o vemos aparecer.

O Senhor deseja a nossa participação, porque sabe que ela é indispensável para a nossa felicidade temporal e eterna.

Desculpamo-nos da nossa ausência, enganando-nos a nós próprios:

Falta de tempo. É verdade que a vida é cheia de ocupações; mas temos de fazer uma lista de prioridades, dando o primeiro lugar ao mais importante ao mais necessário.

Falta de disposição. “A Missa não me diz nada.” As pessoas refugiam-se com frequência num argumento de sensibilidade. Mas este argumento não funciona para as outras coisas. Se uma mãe estivesse à espera de disposição para zelar a sua casa ou socorrer um filho, não sei o que aconteceria.

— “Não gosto de ouvir a pessoa que celebra”. Procuramos encontramo-nos com Jesus Cristo, ou com um homem?

  • Portadores do convite. O Senhor deseja que não só compareçamos pontualmente e com alegria a este banquete, mas que animemos outros a participar. Manda-nos, como aos serventes do palácio: «Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’»

 

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