10 de maio de 2020 -5º Domingo da Páscoa – Ano A

O homem tem necessidade de uma morada uma pátria, uma casa) e quando está longe dela procura, sem descanso, o caminho que a ela conduz.

Qualquer parte da terra que é habitada tem casas e, naturalmente, caminhos para se lá chegar. Quantas vezes, nas localidades em que vivemos, nos preocupamos e empenhamos para que a Junta de Freguesia ou a Câmara do Conselho nos arranje os caminhos ou nos construa estradas necessárias ao desenvolvimento da região.

Todos nós fomos criados para vivermos um dia na casa do Pai e, toda a vida do cristão é, por vontade de Deus, um caminhar para a morada celeste.

No texto do Evangelho que ouvimos ler Jesus diz-nos isso mesmo e apresenta-Se como o caminho: Eu sou o caminho.

Para irmos para a casa do Pai onde seremos totalmente felizes nem todos os caminhos servem, nem todos são possíveis. E porquê? Porque se trata de passar de um mundo para outro mundo. Trata-se de passar de um ser terrestre para uma vida de filhos de Deus. Por isso, não podemos seguir um caminho terrestre, um caminho construído por nós. Temos que seguir aquele que Deus nos indica. Esse caminho, por vontade do Pai, é Jesus Cristo. Graças a Ele, não perdemos o pé na nossa caminhada, não nos extraviamos, não nos afundamos em abismos dos quais não podemos sair sozinhos. Ele acompanha-nos, não caminhando ao nosso lado, mas vivendo em nós. Ele é o nosso caminho pela Sua palavra que devemos escutar e seguir, pelo Seu exemplo que devemos imitar, pela Sua ação interior no nosso ser de batizados, pela ação da Igreja que nos desperta para Ele, nos vivifica pelos Sacramento, nos sustem pela fé.

Jesus é ainda o companheiro que, no interior de cada um de nós, indica a meta da caminhada, a meta da nossa vida. Ele introduz no nosso íntimo, para nos dar coragem, força e energia, a Sua própria energia «a Sua graça» que é uma participação na energia divina.

Quando Jesus diz que é o nosso cainho quer dizer que Ele é o percurso sobre o qual podemos apoiar os nossos esforços em direção a Deus, do mesmo modo que um caminhante orienta e apoia os seus passos sobre a estrada. Isto quer dizer, mais profundamente, que o Seu Espírito em nós, ilumina o nosso espírito, fortifica a nossa vontade, reaquece o nosso coração. Graças a Ele vemos qual a meta a atingir e temos forças para caminhar, temos a coragem que vem de um coração vivificado.

Como é que Jesus se faz nosso Caminheiro? Praticamente por intermédio da Igreja. Ela é o lugar da nossa fé, da nossa força, da nossa esperança.

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