1 de maio de 2020 – São José Operário

Iniciamos hoje o mês de Maio, consagrado a Nossa Senhora. Em cada dia meditaremos nos motivos que nos levam a amar tanto a Mãe do Céu.

E como é bom para todos nós honrarmos hoje aquele que conviveu com Ela há dois mil anos: São José!

São José fez do trabalho bem feito uma excelente oração. Que interceda por nós junto de Deus e da Virgem Maria para que vivamos santamente esta Eucaristia!

Não é Ele o filho do carpinteiro? (Evangelho)

Sim. Os conterrâneos conheciam- n’O bem. Conheciam-n’O a Ele, conheciam sua Mãe, Maria Santíssima e seu Pai adoptivo, José. E como São José era um óptimo profissional, daí ser conhecido como o carpinteiro de Nazaré. Jesus era conhecido como o filho desse carpinteiro.

Em vez de sentirem orgulho por Jesus ser da sua terra, ficaram escandalizados com Ele. Jesus ficou magoado com a falta de fé daquela gente.

Quem dera que Jesus, como outrora, viesse hoje visivelmente ter connosco! Como O receberíamos com gratidão e alegria! Como felicitaríamos Maria e José!

Tal não acontece. Mas, pela fé, acreditamos que a Sagrada Família está connosco e por isso nos sentimos felizes.

Dia do Trabalhador com São José Operário

Neste primeiro dia de Maio festeja-se em todo o mundo o Dia do Trabalhador. Mas, quando celebraremos o dia daqueles que estão desempregados, daqueles que vivem com salários miseráveis e daqueles que não podem trabalhar, devido à doença ou idade?!…

Que ninguém se sinta marginalizado!

Que ninguém morra à fome!

Que haja trabalho para todos!

Que todos possam ter oportunidade de colocarem ao serviço da humanidade os talentos recebidos do Senhor, colaborando com Ele na obra da criação! (Primeira Leitura)

São José é exemplo para todos os trabalhadores! Que o nosso trabalho seja sempre como o dele, transformado em oração!

Trabalho e Criação

«Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra» lemos no livro do Genesis. Deus entrega a Terra aos cuidados do homem para que exerça sobre ela o seu domínio por meio do trabalho. Mas é o próprio Deus, que continua a Criação no seu aperfeiçoamento (fase de ornato) por meio do homem, instrumento dotado de liberdade e imagem e semelhança do Criador. Por isso todo trabalho humano é divino e o homem deve reconhecer o desígnio de Deus, na sua tarefa laboral concreta, para colaborar com Ele.

Deus cria por amor (cf. CEC, n.293), e a colaboração humana por meio do trabalho deve nascer do amor e manifestar o amor. Um amor a Deus e aos homens que orienta e dirige o aperfeiçoamento do Mundo. Isso quer dizer que não tudo o que é possível fazer, no avanço científico, deve ser feito. Antes deve ser avaliado sob um olhar ético, que orientará com prudência, justiça e caridade o verdadeiro rumo do progresso humano. Existe uma deontologia própria de cada profissão, que marca o rumo a seguir iluminado pela luz da Verdade.

Trabalho e Redenção

A passagem do Evangelho, que hoje foi proclamada, situa-nos na oficina de Nazaré, ao designar Jesus como “o filho do carpinteiro”. Naquela oficina Deus trabalha com mãos humanas, e está a realizar a obra da Redenção. Jesus nos redime, é verdade, na sua Paixão, mas também no seu trabalho. Toda a vida do Filho de Deus encarnado é redentora, e também, por isso, o longo período em que exerceu o ofício de artesão.

  1. José, trabalhando com Jesus, colaborava na obra da Redenção da Humanidade, tornando-se o modelo para todo trabalhador. Dizia o Santo Padre há uns meses que” se o homem vive como filho de Deus, (…) beneficia também a Criação cooperando para sua redenção” (Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma de 2019). Por isso o cristão que, como S. José, trabalha como um filho de Deus, colabora na Obra Criadora do Pai e na Obra Redentora do Filho, movido pelo Espírito Santo.

O primeiro beneficiado de um trabalho assim, é o próprio que o realiza; pois está a exercitar uma multidão de virtudes humanas e sobrenaturais. Em primeiro lugar a Fé para ver Deus na tarefa que realiza. Também vive a Caridade, ao trabalhar por amor a Deus e aos homens, em especial os destinatários do seu trabalho. Desenvolve, junto delas, a Esperança, para manter o seu olhar no destino eterno perante as dificuldades que encontra. Além destas, são exercitadas muitas outras virtudes como a laboriosidade, a ordem, a paciência, a justiça, a fortaleza, mesmo a temperança, etc. No fundo cresce-se em santidade.

Ouvi contar certa vez a história de um alfaiate que na hora da morte, rodeado dos seus filhos, mandou que lhe trouxessem uma coisa que os filhos, ao princípio, não perceberam de que se tratava. Pensaram que seria um crucifixo ou uma medalha, mas não, o que ele pedia era uma agulha. Quando a teve nas suas mãos beijou-a com reverência e a mostrou aos seus filhos e disse-lhes. Olhai, graças a ela espero que se abram para mim as portas do Céu.

É bem verdade, que se trabalhamos como filhos de Deus abrir-se-ão também para nós, as portas do Céu e levaremos muitas almas connosco, como aconteceu com São José.

Check Also

Nota Pastoral na comemoração dos cinquenta anos do “25 de Abril”

1. Na comemoração do cinquentenário da Revolução de 25 de Abril de 1974 cabe aos …

Sahifa Theme License is not validated, Go to the theme options page to validate the license, You need a single license for each domain name.