De 14 a 21 de maio – SEMANA DA VIDA- COM MARIA CUIDAR DA ALEGRIA DA VIDA

  1. CONTEXTO

Neste ano em que a Igreja de Portugal celebra o Centenário das Aparições, em Fátima, também a Semana da Vida estará naturalmente– bem – marcada por esta dimensão e rosto mariano da nossa Fé: Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, tem tudo para ensinar-nos como cuidarmos da Vida que nos é dada e confiada. Toda a vida e a vida toda. Vivemos, na sociedade portuguesa, algumas dificuldades e tensões, no que diz respeito à Vida: a questão do aborto e a questão da eutanásia, de maneira mais evidente, mas também muitas outras ameaças à qualidade da Vida e à Vida com qualidade. Esta Semana da Vida quer ser– cada vez mais – um ‘tempo oportuno’ para agradecermos a vida, defendermos a vida, aprendermos a cuidar dela e aprofundar o convite a encontrar em Deus, fonte de toda a Vida, o sentido maior e inalienável e sagrado da vida de cada pessoa, desde a sua concepção até ao momento da morte, neste mundo. “No meio de situações verdadeiramente dramáticas, quando muitos contemporâneos estavam dominados pela angústia e a incerteza, quando a força do mal e do pecado parecia impor o seu domínio, a Virgem Maria faz brilhar em todo o seu esplendor a vontade salvífica de Deus, uma bênção que revela a extensão da sua ternura a todas as criaturas. O seu convite à conversão, à oração e à penitência pretende desbloquear os obstáculos que impedem os seres humanos de experimentar uma bondade que procede de Deus e foi depositada no coração humano. A Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, sai ao encontro dos seus filhos peregrinos a partir da glória da ressurreição de seu filho Jesus, para lhes oferecer consolação, estímulo e alento. Envolvidos por essa bênção, os três pastorinhos mostraram-se dispostos, pela boca de Lúcia, a serem louvor da glória de Deus e a entregarem-se plenamente aos desígnios de misericórdia que Deus manifestava através das aparições.”

Fátima, Sinal de Esperança para o nosso tempo – Carta Pastoral no Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, 2016.

Talvez não seja descabido dizer que, hoje, agora, é cada um de nós, cada uma das nossas comunidades cristãs – paróquias, vigararias ou outras – que tem de assumir a mesma missão de sempre: ‘fazer brilhar em todo o seu esplendor a vontade salvífica de Deus, uma bênção que revela a extensão da sua ternura a todas as criaturas’.

  1. INSPIRAÇÃO

E quem nos inspira de forma veemente para este cuidar da vida é o papa Francisco e a sua insistência na re-descoberta da Família, como lugar da alegria, do amor e da vida; como lugar da alegria do amor e da alegria da vida. É na Família que percebemos e acolhemos a vida como um dom; é na Família que somos chamados a educar e fazer crescer para o dom da vida; é na Família que somos chamados a viver cada momento e cada idade da vida como um imenso dom: seja quando ainda se sonha com a vida escondida no ventre da mãe, seja quando ela já é uma presença silenciosa e doente, num leito de cuidados e canseiras. Toda a vida é um dom; a vida toda é um dom. Como escreveu o papa Francisco, na Mensagem para a Quaresma deste ano: ‘O outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor”. Sempre e em todas as situações. “Neste contexto, não posso deixar de afirmar que, se a família é o santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e cuidada, constitui uma contradição lancinante fazer dela o lugar onde a vida é negada e destruída. É tão grande o valor duma vida humana e inalienável o direito à vida do bebé inocente que cresce no ventre de sua mãe, que de modo nenhum se pode afirmar como um direito sobre o próprio corpo a possibilidade de tomar decisões sobre esta vida que é fim em si mesma e nunca poderá ser objecto de domínio doutro ser humano. A família protege a vida em todas as fases da mesma, incluindo o seu ocaso. Por isso, «a quem trabalha nas estruturas sanitárias, lembra-se a obrigação moral da objecção de consciência. Da mesma forma, a Igreja não só sente a urgência de afirmar o direito à morte natural, evitando o excesso terapêutico e a eutanásia», mas também «rejeita firmemente a pena de morte».” (AL, 83).

 

Comissão Episcopal do Laicado e da Família

Departamento Nacional da Pastoral Familiar

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