Estamos a comemorar o Vº centenário do nascimento de Santa Teresa de Ávila, uma religiosa espanhola do século XVI, reformadora da ordem do Carmelo. Escreveu vários livros acerca da oração pessoal.
Ela definiu assim a oração: «Uma troca de amizade feita muitas vezes a sós com Deus, pois sabemos que somos por Ele muito amados».
Não só Teresa de Ávila, mas também outros santos, experimentaram a oração como um diálogo amoroso entre duas pessoas que se amam e se escutam atentamente.
Carlos de Foucauld, quando vivia como eremita no deserto em Tamanrasset (Saara), ajoelhava-se antes do nascer do sol, abria os Evangelhos e perguntava: «Senhor, que me tens a dizer?» Depois lia e meditava longamente.
Em seguida, fechava o livro e do seu coração saíam louvores e súplicas.
PAZ INTERIOR
Há por aí muita gente à procura de paz interior. Os cristãos encontram essa paz na oração. Se ela é uma troca de amizade, haverá muitos métodos de rezar. E os melhores são geralmente os mais simples.
A oração será feita habitualmente a partir dos Evangelhos. Lê-se atentamente um texto, interrompe-se, retoma-se de novo. As palavras de Jesus iluminam a inteligência, aquecem o coração e orientam o nosso agir.
Contudo, há outras formas mais breves: repetir uma jaculatória, fazer atos de fé, de esperança ou de caridade. Há ainda outras formas muito populares de oração, como a recitação do terço do Rosário, durante o qual se medita nos mistérios da vida de Cristo, tendo como «fundo musical» a recitação da Avé Maria.
O importante é afastar-se do ruído e da agitação, retirar-se para um espaço de silêncio e voltar-se para Deus. Numa troca de amizade, faremos a experiência da doçura e da força do seu amor.
Fonte:
Jornal Cavaleiro da Imaculada
Ano 55| nº 971| fevereiro de 2015