O mês de novembro tem uma cor única entre todos os meses do ano porque a festa de Todos os Santos prolonga-se pela memória dos nossos fiéis defuntos.
Um acontecimento com dois sentidos: a alegria dos salvos e a tristeza recordando aqueles que nos deixaram.
Na verdade, Jesus Cristo morto e ressuscitado por nós é a fonte da nossa esperança comum.
A fé cristã leva-nos a discernir «a família dos vivos e dos mortos unidos em Cristo pela ligação com o Espírito Santo».
No Credo, afirmamos que «cremos no Espírito Santo, na santa Igreja católica… que é Comunhão dos Santos».
No decorrer deste mês é tempo de entrar ainda mais no mistério da relação entre o Espírito Santo e a Igreja.
O respeito pelos nossos defuntos introduz-nos na alegria dos vivos que somos pela graça do batismo.
E o Concílio Vaticano II convida-nos alegremente a viver «todos chamados à Santidade».
Ora, é bem o Espírito de Deus que recebemos no batismo que nos torna santos.
O povo dos batizados forma o corpo de Cristo onde mora o Espírito Santo.
Ao florescer o túmulo dos nossos parentes e dos nossos amigos defuntos, manifestamos a nossa esperança: Cristo atrai pela sua ressurreição todos aqueles que crêem nele e não cessa de nos enviar o Espírito Santo que, dia após dia, nos chama à santidade.
Fonte: Revista Rosário de Maria ano 70| nº 741| novembro de 2014
Autor: Fr. Gilles Danroc, op – Assistente internacional