Os pastores da Igreja, para viver de modo autêntico e fecundo o seu serviço eclesial, necessitam de possuir certas qualidades e virtudes. O apóstolo Paulo, nas chamadas Cartas Pastorais, não se limita a enumerar dons e graças sobrenaturais, mas fala de dotes como ser hospitaleiro, sóbrio, pacífico, de coração bondoso, ou seja, qualidades tipicamente humanas que predispõem os ministros da Igreja para se relacionar com os outros de forma respeitosa e sincera. Entretanto uma pessoa não é escolhida para bispo, presbítero ou diácono por ser mais inteligente, mais capaz ou melhor do que os outros, mas porque recebeu de Deus um dom particular. De facto, a recomendação fundamental que Paulo faz a Timóteo é que reavive continuamente o dom recebido pela imposição das mãos. Esta consciência de que tudo é dom, tudo é graça ajuda o pastor da Igreja a não cair na tentação de se colocar no cento da atenção ou de confiar unicamente em si mesmo. Sentindo-se objecto da misericórdia e compaixão de Deus, o ministro da Igreja procurará ser sempre humilde e compreensivo com os outros. E, com seus irmãos no ministério, tudo isto o leva a assumir uma atitude nova, marcada pela partilha, a co-responsabilidade e a comunhão.
Amados peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos, com menção especial para os paroquianos de Nossa Senhora de Guadalupe de Curitiba e os diocesanos de Tubarão, os fiéis da Capela Militar Nossa Senhora da Conceição e da paróquia Jardim da Imaculada. Não nos cansemos de vigiar sobre os nossos pensamentos e atitudes para saborear desde já o calor e o esplendor do rosto de Deus, que havemos de contemplar em toda a sua beleza na vida eterna. Desça, generosa, a sua Bênção sobre vós e vossas famílias!