Procissão do Enterro do Senhor volta realizar-se em Faro, após interregno de três anos

A Santa Casa da Misericórdia de Faro informou que a Procissão do Enterro do Senhor, das mais imponentes manifestações litúrgicas que decorrem no Algarve, voltará a realizar-se “após um interregno de três anos motivado pelos rigores da pandemia de COVID-19”.

O cortejo processional decorrerá, como é habitual, na noite de Sexta-feira Santa, que este ano ocorre no dia 7 de abril, e será, uma vez mais, presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas.

O cortejo partirá da igreja da Misericórdia pelas 21h, percorrendo o seguinte itinerário: Praça D. Francisco Gomes; Rua Dom Francisco; Gomes; Rua Ivens; Praça Ferreira de Almeida (Largo da Palmeira); Rua Lethes, Rua de Portugal; Rua Sacadura Cabral, Largo 25 de Abril, Rua Mouzinho de Albuquerque, Rua João de Deus, Largo dos Combatentes (junto ao tribunal), Rua de Santo António, Rua D. Francisco Gomes, Praça D. Francisco Gomes, recolhendo posteriormente à igreja da Santa Casa.

Para além dos apoios habituais da Câmara Municipal e do Moto Clube de Faro, a edição deste ano conta também com a colaboração da União das Freguesias de Faro, da Junta de Freguesia de Montenegro, Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona Histórica de Faro, entre outras entidades comerciais.

As celebrações da Semana Santa em Faro remontam a 1678, ressaltando pela sumptuosidade a tradicional Procissão do Enterro do Senhor, evocando a paixão de Cristo, sendo as ruas ricamente decoradas e as varandas e janelas adornadas com colchas e velas acesas para acolher o cortejo. O secular préstito procura anualmente reviver, com densidade silenciosa, o episódio protagonizado por José de Arimateia. Pilatos, depois da confirmação da morte de Jesus, entregou o corpo de Cristo a este membro do conselho do Sinédrio para que fosse sepultado.

A Procissão do Enterro do Senhor –, uma das de maior expressão realizada no Algarve, logo depois da de Nossa Senhora da Piedade (Mãe Soberana) e da da Festa das Tochas Floridas –, que percorre as principais artérias da capital algarvia perante a presença e participação de milhares de pessoas, sai aberta por uma representação a cavalo da GNR e um friso de tochas.

Segue-se a matraca, cujo som áspero que se ouve ao longe, e que simboliza as ondas de ódio amontoadas pelos judeus à volta de Cristo. A certa distância vem o guião ladeado por duas lanternas. Alguns metros desviada, a iniciar as alas os balandraus com tochas, a cruz com o lençol pendurado. Entre as alas, o “tumbinho” carregando o corpo de Cristo, debaixo do pálio.

Participam ainda no préstito autoridades eclesiásticas, civis e militares, as Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Franciscana Secular, a Irmandade da Misericórdia, os Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro, os agrupamentos do Corpo Nacional de Escutas, os grupos dos Escoteiros de Portugal e a companhia da Associação de Guias de Portugal, entre outras entidades e instituições. No meio, seguem os três andores, comportando as imagens de Nossa Senhora, o apóstolo João e Maria Madalena, os três que permaneceram junto à cruz.

Abrilhantam o cortejo, atuando antes da sua saída e acompanhando-o musicalmente em todo o itinerário, as formações da Associação Filarmónica de Faro e da Sociedade Filarmónica 1.º de Maio, de Lagos.

A organização sugere e agradece aos moradores das habitações por onde passará o cortejo que coloquem colchas, colgaduras ou panejamentos nas janelas à passagem do mesmo.

 

 

Fonte:https://folhadodomingo.pt/

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