Uma mãe perdeu o seu filho único. A dor era grande e a sua pergunta era esta: «Onde está o meu filho?».
A resposta que os seguidores de Cristo ressuscitado dão é a que está no Apocalipse: «Ele está na mão de Deus». Esta imagem diz que ele está em segurança, pois a mão de Deus é uma mão forte e terna, paterna e materna.
Os seus restos mortais são levados para esse lugar de silêncio e de morte que é o cemitério. Cumpre-se o que diz o Génesis: «Tu és pó da terra e à terra hás-de voltar». Mas ele entrou numa nova vida. Passa a existir de outro modo.
A UNIÃO CONTINUA
Porque estão na mão de Deus, podemos chegar a eles através da oração. Por isso, é tão habitual rezarmos pelas almas do purgatório, isto é, pelas pessoas que se entram numa fase de purificação antes de entrar na glória.
A crença no purgatório (etapa de purificação por um fogo que purifica) baseia-se num texto de São Paulo numa carta aos Coríntios (Cf 1Co3,11,15). Aquele que praticou o mal será, apesar disso, salvo «como se atravessasse o fogo».
Os que já vivem na glória de Deus são nossos intercessores. Existe a chamada ladainha de todos os santos, onde se repete depois de cada nome: «Rogai por nós». Nessa ladainha faltam muitos nomes, certamente os de pessoas da nossa família.
Da vida futura não sabemos grande coisa. Mas Deus, por Jesus Cristo, deu-nos a garantia de que existe a vida eterna. «Habitarão na Casa de Deus. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos. Não haverá mais morte. Porque o mundo antigo passou» (Apoc 21,3-4).
Fonte:
Jornal Cavaleiro da Imaculada
Ano 54| nº 968| novembro de 2014