- A vida humana, especialmente na sua dimensão biológica, possui momentos-chave em que os homens experimentam que participaram de uma força, de uma corrente vital que recebem, mas que não lhes pertence e os transcende. Tais momentos são uma espécie de nós existenciais que os homens, mesmo na vida profana, sempre cercaram de símbolos e ritos, porque onde se experimenta radicalmente a vida aí se encontra a presença do Transcendente, de Deus.
- A Igreja- Sacramento estende a sua ação sobre toda a nossa vida, mas é sobretudo nesses momentos-chave que ela explicita a presença amorosa de Deus, através dos ritos fundamentais da fé. No entanto, os Sacramentos não são apenas marcos colocados ao longo da vida, para lhe dar certo matiz cristão, nem simples paragens para restaurar as forças… Os Sacramentos são a própria vida cristã, que é caminho e «passagem» com Cisto deste mundo para o Pai.
- Não há outro itinerário para o cristão que não seja o da fé e da caridade. Os Sacramentos não constituem um itinerário diferente, um caminho paralelo ou um atalho. Eles são ao mesmo tempo sinais, veículo e alimento da fé e a caridade. Recebemo-los para manifestar essa fé e caridade e ao mesmo tempo para as aumentar cada vez mais, até à realização perfeita no Céu.