Sofrer, suportar e afrontar são decisões duras apenas possíveis quando se cultiva a fortaleza. Uma virtude tão importante e decisiva no campo de batalha do mundo exterior, como na nossa casa ou, ainda mais, no nosso íntimo.
Só quem é forte no seu coração, pode ter valor em sua casa e no mundo.
A constância que resulta de uma fé firme é capaz de fazer milagres. À medida que vai revelando a sua existência, vai também alargando o seu poder de resistência a tudo o que nos quer meios mortos.
O mal quer-nos submissos. O bem quer-nos livres.
A constância é a firmeza do ânimo nos bons propósitos. É próprio da constância não variar, duvidar ou questionar, apesar das contradições que se apresentem ou dos trabalhos e desgraças que possam acontecer. A constância é fortaleza em ação continuada.
O bem vence sempre que nos dispomos a combater o mal a cada dia, arrancando pela raiz cada vez que germina em algum ponto. Os heróis são também estes que compreendem que esta luta não termina.
Há talvez mais heroísmo em resistir aos sofrimentos, desgostos e injustiças sem perder a confiança e o rumo do que em lutar para alcançar algo novo.
A quem foram dadas as graças das virtudes que compõem a honra e delas ainda não se desfez, sabe que é tão nobre aquele que arrisca a sua vida como o que, com o mesmo ânimo, se dispõe a sofrer o que tiver de enfrentar.
Uma grande parte das cicatrizes são como que condecorações se são sinal de uma batalha vencida e não de uma mágoa que ainda queremos que doa.
Pode vencer o inimigo quem não se consegue vencer a si mesmo?
Não cedas ao mal. Por mais que te tente. Não lhe cedas, porque resistir-lhe é vencê-lo. Se lhe cederes uma vez, perdoa-te. Se lhe cederes várias vezes, perdoa-te. Mas se algum dia chegares a fazer-te seu servo, perdeste-te.
Deposita em ti a mesma confiança que depositaram aqueles que te sonharam, geraram e criaram.
Na dor, na fadiga e no perigo, sê firme na fé.
Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/
Autor: José Luís Nunes Martins