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Na sua mensagem para o Natal deste ano, o bispo do Algarve pede a quantos vão passar a quadra festiva na diocese que se deixem “contagiar” pelo presépio.
No vídeo divulgado hoje pela Diocese do Algarve, D. Manuel Quintas refere que “o presépio, grande ou pequeno, mais ou menos artístico, igual ou diferente em cada ano, fala sempre à vida daqueles que se deixam contagiar pelo espírito que ele inspira”.
O bispo diocesano evoca os 800 anos da criação da representação do nascimento de Cristo por São Francisco de Assis para realçar que ela proporciona anualmente – “como Evangelho vivo a inspirar a humanidade” – “uma mensagem singular, intemporal e, por isso, sempre atual”. O responsável católico recupera a expressão «Evangelho vivo» usada pelo Papa Francisco na carta apostólica ‘Admirabile Signum’ (sinal admirável), sobre o significado e valor do presépio.
D. Manuel Quintas considera ainda que “cada presépio, representado das formas mais diversas, constitui sempre o testemunho da proximidade de Deus”, “uma proximidade real, viva, concreta, que se pode ver e tocar, tal como o amor que o nascimento daquela criança, simples e indefesa, veio manifestar”. “Uma criança que, de braços abertos e mãos estendidas, pede para ser acolhida e para fazer parte da nossa vida. Jesus assume a nossa condição humana, para que, acolhendo-o nos tornemos seus discípulos e alcancemos o sentido autêntico da vida: deixando-nos amar, perdoar e salvar”, acrescenta, considerando que o presépio recorda a “verdade essencial” de que “Deus não é um Deus distante, invisível e inacessível”. “Veio habitar entre nós, assumindo a nossa humanidade, no corpo duma criança”, sustenta, acrescentando que “Deus, em Jesus, manifesta-se nas coisas simples, que caraterizam a vida humana”. “Ensina-nos a sabermos descobrir e a acolher a sua presença na simplicidade e na pequenez”, complementa.
O bispo do Algarve considera ainda que a realidade das guerras – que “continuam implacáveis a sua ação destruidora, provocando milhares de mortes inocentes e um sofrimento indescritível a populações indefesas”, assim como “o aumento do número de pobres e de sem abrigo” – confirmam “o quão longe está a mensagem do Natal de ser entendida e acolhida”.
D. Manuel Quintas afirma ainda que “a singeleza do presépio constitui um convite ao silêncio interior” perante a “agitação veloz” em que se move a vida hodierna. “Sugere-nos a importância de parar, com a certeza de que só quando nos decidimos a nos recolhermos é que temos acesso ao que é essencial e prioritário na nossa vida pessoal e familiar”, adverte, acrescentando: “Se Jesus fizer parte da nossa vida, nela acontecerá verdadeiramente Natal”. “Que a celebração do nascimento de Jesus Cristo seja fonte de alegria, paz e esperança para todos. Que cada presépio nos recorde sempre a certeza do amor de Deus pela humanidade”, conclui.
Mensagem de Natal do Bispo do Algarve pede que todos se deixem “contagiar” pelo presépio (c/vídeo)
