Igreja do Algarve apresentou novo triénio pastoral para redescobrir em Cristo a alegria e a esperança

A Igreja do Algarve reuniu na manhã do passado sábado, no complexo paroquial de São Pedro do Mar, em Quarteira, o seu bispo, sacerdotes, diáconos, religiosos, seminaristas e leigos para a apresentação do programa pastoral para o triénio de 2024/2027, sob o lema “Alegres na Esperança”, extraído da exortação de São Paulo aos cristãos de Roma (Rm 12,12).

A assembleia diocesana – que se iniciou com um momento de oração com adoração eucarística “por sugestão e iniciativa” dos jovens – teve como finalidade o lançamento do programa trienal da Diocese do Algarve que irá decorrer sob a perspetiva da alegria e da esperança.

Na apresentação que fez do novo programa, o vigário episcopal para pastoral começou por lembrar que o documento “procura dar as pistas para que, depois em cada uma das comunidades paroquiais ou realidades eclesiais, se possa concretizar à medida” de cada uma, mas todas “em comunhão como Igreja diocesana”, de modo a fazer-se um “caminho conjunto”.

O padre António de Freitas realçou que o novo programa “é resultado e expressão de um caminho que é feito por uma diocese”. “É resultado de um discernimento que foi feito em duas assembleias plenárias do Conselho Pastoral. Depois houve um aprofundamento na sua Comissão Permanente e no Conselho Episcopal”, concretizou, acrescentando que, posteriormente, passou pelo Conselho Presbiteral, pelo Conselho Episcopal e pelas reuniões das três regiões pastorais. “Há aqui um trabalho de conjunto, sinodal, de comunhão diocesana”, assegurou, sublinhando que o resultado do documento surgiu das sugestões daqueles órgãos e procurou acolher as suas “sensibilidades”.

Por outro lado, aquele responsável assegurou que o programa “procura não esquecer o trabalho dos últimos três anos”. “O objetivo não é entrar em ruptura ou fazer um corte com o passado. É, antes, uma aposta numa continuidade criativa e numa novidade continuada para aprofundar o que já se vinha a fazer, inserindo novos elementos”, sustentou.

Referindo-se concretamente ao lema escolhido, o padre António de Freitas disse que a diocese sentiu precisar de “uma renovada alegria no ser e no agir”, seja ao nível individual, seja comunitariamente. “Sentimos que temos caminhado, que temos feito progressos, mas sentimos também que há um certo cansaço. Sentiu-se que era preciso um apelo à alegria e à esperança para combater algum cansaço que possa haver. É preciso um novo ânimo, uma renovada alegria e esperança perante as frustrações de as coisas não nos correrem como pretendíamos”, justificou aos cerca de 200 membros dos secretariados e setores da pastoral diocesana, dos movimentos e associações e dos Conselhos Pastorais presentes.

“Precisamos de uma alegria e uma esperança que nos traga um olhar positivo e carregado de bondade perante aquele que vai sendo o nosso caminho como Igreja diocesana”, prosseguiu, aludindo à necessidade de a Igreja algarvia “reaprender a viver da esperança em vez de viver dos frutos imediatos” e “recuperar a alegria e a esperança como dons de Deus”.

Concretamente sobre o grafismo do novo programa, explicou que ele revela a “centralidade de Cristo”, que “é a fonte de onde brota a alegria e a esperança do viver cristão”. “Mas esta centralidade queremos encontrá-la de modo especial na Eucaristia”, completou, explicando que as “três grandes prioridades” do triénio que é preciso trabalhar são “a dimensão eucarística, a dimensão vocacional e a dimensão performativa”. Estas, explicou, aplicam-se particularmente a oito realidades: “família, jovens, pertença comunitária, sinodalidade e comunhão, comunicação, sustentabilidade eclesial, ministérios e ação sociocaritativa”.

Relativamente à dimensão vocacional, o sacerdote disse que “o objetivo é trabalhar a dimensão vocacional a partir da santidade, a partir da descoberta da pertença comunitária, para que surjam as várias vocações”.

Sobre a dimensão performativa, disse ser desejável uma formação que não seja entendida apenas da “perspetiva intelectual”, mas que “ajude a configurar mais com Cristo”. “Que a formação não seja apenas técnica, mas discipular e configurativa”, completou.

Relativamente ao Sínodo dos Bispos de outubro próximo explicou que as suas conclusões só serão mais concretamente aplicadas na diocese no ano pastoral de 2025/2026.

O vigário episcopal para pastoral anunciou ainda que as assembleias diocesanas para lançamento dos anos pastorais serão futuramente sempre realizadas no terceiro sábado de setembro, ocorrendo a do próximo ano a 20 de setembro de 2025.

 

 

Fonte: https://folhadodomingo.pt

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