FAMÍLIA CRISTÃ

A família é chamada a adaptar-se, a renovar-se a encontrar novos ritmos e novos estilos. Mas seria uma grande ruína perder a sua vocação básica, de transmitir sadiamente a vida, promover a identidade, a liberdade e a responsabilidade, proporcionando a cada um, ser ele mesmo na partilha da vida afetiva sadia, tendo em conta a comunicação e a assimilação dos valores. Cada pessoa, como ser único, sempre em dinâmica afirmação da sadia diferença e complementaridade social, deveria ser reconhecida, estimada e estimulada para construir-se como “ser em si”, para poder solidariamente ser com e para os outros, de forma livre e complementar. Neste sentido cada pessoa deve estar em constante configuração da própria identidade e refiguração, enquanto renova e recria uma herança múltipla, ou seja: introduz, permanentemente, na própria dinâmica dos grandes princípios a herança e lúcida inovação mediante a esclarecida liberdade exercida. Quando se fala de fidelidade, é importante não esquecer a dinâmica do que foi, do que se vai sendo e do projeto que suscita e orienta a nossa caminhada, adaptando-se adequadamente à situação que passa e envolve o ser realizado e a realizar.

 

Fonte

Revista Rosário de Maria  – ano 72| nº 758| maio de 2016

Outor

Fr. Bernardo Domingues, op