A Quaresma é o tempo favorável para voltarmos para Deus, porque Ele quer – particularmente através da liturgia – comunicar-nos o seu amor e a sua misericórdia.
A resposta do homem é uma só: a conversão, isto é, uma adesão mais decidida e concreta a Deus Pai, um ato de reconhecimento de Deus como único Senhor que se aproxima de nós através de Jesus, determinando uma mudança no nosso modo de pensar e de agir.
Para o cristão, portanto, a Quaresma é o tempo para operar uma verdadeira mudança na própria vida, para pôr ordem nas muitas confusões que nos cercam, para estabelecer relações autênticas e verdadeiras, para retomar diálogos interrompidos, para saborear a verdadeira paz, para chegar à salvação.
Tudo isto, porém, não é fruto da nossa vontade ou do nosso esforço intelectual, mas brota da decisão de pôr-se na escuta da Palavra de Deus, de deixar-se moldar por Ele, de abandonar os nossos caminhos para entrarmos decididamente nos seus caminhos.
A Quaresma é um tempo favorável para a reconciliação com Deus e com o próximo. E é também um tempo de encontro de nós mesmos, e fidelidade a Deus manifestada através da esmola (renúncia quaresmal), da oração (Jesus preparou o ato da entrega total ao Pai, no deserto) e também através do jejum que faz parte deste tempo (não só de pão vive o homem mas da Palavra de Deus…).
Fonte:
Revista Rosário de Maria – Ano 71| nº 745| março de 2015