Bispo do Algarve presidiu a peregrinação de catequistas ao Santuário do Cristo Rei

O bispo do Algarve presidiu, no passado sábado, à Peregrinação Diocesana de Catequistas ao santuário do Cristo Rei, em Almada, promovida pelo Sector da Catequese da Infância e Adolescência da Diocese do Algarve e que contou com 80 participantes.

Dois autocarros provenientes do barlavento e do sotavento do Algarve transportaram os peregrinos que visitaram num primeiro momento o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, após a oração da manhã e a recitação do terço, ainda durante a viagem.

Após o almoço já no Santuário do Cristo Rei, concretamente na casa de acolhimento aos peregrinos sob a responsabilidade das irmãs da congregação das Oblatas do Divino Coração, seguiu-se a eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve.

Na capela do monumento a Cristo Rei, D. Manuel Quintas destacou a dimensão profética a que os cristãos, e concretamente os catequistas, são chamados a partir do batismo, sublinhando que “a missão profética não diz respeito ao Antigo Testamento”. “Somos mensageiros de uma mensagem que não é nossa. A mensagem é de Deus”, frisou o prelado, lembrando “o profeta que fala não apenas por palavras, mas também com a sua vida”. “As opções que faz o profeta na sua vida já são mensagem”, sustentou, considerando que o profeta é uma “pessoa normal” “com uma missão específica”.

O bispo do Algarve disse ainda que “Deus escolhe aquele que até pode não ter muitas qualidades”. “Aos olhos dos outros pode ser um incapacitado, não ter as qualidades todas que nós achamos que são necessárias para ser catequista. Mas é, sobretudo, na fragilidade que se manifesta a sua força. Todos os serviços na Igreja têm que ser exercidos com esta consciência desta fragilidade, desta fraqueza que é sinal de humildade, sabendo que Deus se serve da nossa fragilidade para manifestar a sua força e o seu poder”, complementou.

D. Manuel Quintas considerou que “Deus escolhe os fracos e os humildes para confundir os sábios, os poderosos e os fortes porque os fracos e os humildes revelam, de maneira mais fiel, a força de Deus”. “Não correm o risco de se autoelogiarem, de se auto-vangloriarem e até de ficarem extasiados quando alguém os louva ou quando alguém reconhece que eles têm qualidades e dons”, acrescentou, advertindo que “ficar nas qualidades daquele que anuncia e não ficar com a mensagem” é sinal que o profeta não realiza a sua profecia.

“Temos de confiar mais em Deus do que em nós e não devemos ter medo se, às vezes, vêm ao de cima as nossas fragilidades, incapacidades e insuficiências, se concluímos que não somos tão bons como gostaríamos de ser. Isso não deve desanimar-nos nem desmotivar-nos”, prosseguiu.

No final da peregrinação, D. Manuel Quintas agradeceu aos catequistas pelo serviço prestado à diocese e informou que o Jubileu dos Catequistas, inserido no Jubileu da Misericórdia, será celebrado no dia 30 de janeiro do próximo ano em local ainda não definido.

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Foto © Samuel Mendonça

A construção do monumento do Cristo Rei está ligada ao acontecimento da II Guerra Mundial (1939-1945). Embora a intenção de construir uma imagem inspirada na de Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, tivesse sido manifestada antes do início do conflito mundial com a visita do cardeal Cerejeira, patriarca de Lisboa, ao monumento erguido no alto do Corcovado, a edificação do Santuário do Cristo Rei ganhou um impulso fundamental em abril de 1940, quando os bispos formularam o seguinte voto: “Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus”.

Igualmente associada a esta construção está o pedido que os prelados dirigiram a Deus para que o Estado reconhecesse a liberdade da Igreja, prece que meses mais tarde teria um resultado positivo com a assinatura da Concordata.

Fonte:

www.folhadodomingo.pt

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