Algarve: Comunidades católicas preparam-se para receber turistas e querem ser «oásis» de espiritualidade

Missas e confissões em horários alargados procuram responder a «enchente» de visitantes

Faro, 01 ago 2019 (Ecclesia) – A Igreja Católica prepara-se para receber quem procura o Algarve no mês de agosto, para um período de férias, procurando oferecer propostas de espiritualidade e silêncio, explica o bispo diocesano.

“Estamos sempre sensibilizados para acolher quem chega, na verdade, é isso que nos é pedido nos meses de verão”, assinala D. Manuel Quintas, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O responsável deseja que cada paróquia do litoral seja uma espécie de “hospedaria” dos antigos mosteiros e conventos, que acolhiam peregrinos e os ajudavam a retemperar “não apenas as forças físicas, mas também as forças espirituais”

“Que a vossa presença constitua verdadeiramente um alargamento desta família algarvia. São sempre bem-vindos ao Algarve, para passar férias e para a participação nas comunidades cristãs, que reforçam o sentido desta fraternidade eclesial”, é a mensagem do bispo do Algarve aos turistas que, por estes dias, procuram a região.

As comunidades católicas adaptam-se ao maior fluxo de pessoas, propondo, por exemplo, Missas à noite, no sábado, ou tempos mais alargados de Confissões, como acontece nas paróquias de Tavira a Vila Real de Santo António, valorizando a “dimensão espiritual”.

“Venham todos ao Algarve, passar férias, e aproveitem também as férias para poder retemperar um pouco as forças espirituais”, assinala D. Manuel Quintas.

O bispo sublinha que este é também um tempo para “pôr em ordem a própria vida”, com a ajuda de momentos de oração e de silêncio.

Os horários das Missas estão disponíveis online e até nalguns hotéis, procurando sensibilizar os turistas católicos para a participação nas celebrações.

“Não hesitem em procurar as nossas igrejas”, indica o bispo diocesano.

A conversa transmitida no Programa ECCLESIA (RTP2), esta quinta-feira, decorreu no Paço de Faro, que agora está aberto ao público, como exemplo do património religioso que “é de todos”.

“Sentimos essa obrigação” de investir na preparação dos ambientes para serem visitados, precisou D. Manuel Quintas.

A diocese procura agora reabrir a Biblioteca do mesmo local.

“Não temos o direito de fechar o património que é de todos e define esta Igreja diocesana”, insiste o bispo do Algarve.

D. Manuel Quintas, natural de Trás-os-Montes, chegou ao Algarve há 19 anos e fala numa experiência “enriquecedora” pela “envolvência” que foi possível criar, tanto como auxiliar de D. Manuel Madureira Dias como, depois, enquanto bispo diocesano, desde 2004.

O bispo do Algarve está a celebrar 50 anos de vida consagrada e para assinalar a efeméride visitou, de 9 a 23 de julho, as dioceses angolanas de Viana e Luena, onde estão os missionários da sua congregação, os Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), às quais a diocese algarvia destinou as renúncias quaresmais deste ano.

“Estes 15 dias foram verdadeiramente um retiro espiritual, que me ajudaram a repensar a missão de bispo dentro deste dinamismo missionário que o Papa Francisco quer incutir”, relata à Agência ECCLESIA.

A partir da experiência que viveu, o responsável pensou em desafiar jovens voluntários ou membros do clero para trabalhos em Angola.

“Ser missionário não é uma questão de geografia, é mais uma questão de postura interior”, concluiu.

PR/OC

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