Tempo de expectativa da vinda do Senhor, tanto na própria celebração do Natal, como na sua última vinda no fim dos tempos.
O Advento encarna todos os desejos da humanidade, sempre à procura de onde lhe virá a salvação.
Assim tem acontecido em todos os tempos e lugares. Mas, o tempo é lento no seu fluir, e nem todos os momentos encarnam a mesma significação.
O povo descendente de Abraão por Isaac, o povo Judeu, é apresentado na Sagrada Escritura como povo especialmente chamado por Deus e por Ele educado, para em si trazer uma grande promessa e alimentar a esperança que lhe devia corresponder. Foi acidentada, através dos tempos, a transmissão dessa promessa e o crescimento daquela esperança.
Houve momentos em que se chegou a falar de um “Resto de Israel”, um pequeno grupo que ainda sabia esperar. E quantas lutas não tiveram de travar os que se quiseram manter fiéis à fé de Abraão, às promessas de Deus, à esperança de seus pais!
Mas a semente é sempre pequena, mesmo a que se destina a dar grandes árvores.
O Messias prometido como salvador do povo, em quem as promessas de Deus se viriam a realizar, é também comparado a um “Germen”, a um “Rebento”, saído da linhagem, ou casa de David, pastor, rei e Profeta, figuras do futuro Messias. Uma virgem de Israel entroncada na casa de David, a Virgem Maria, é a fina flor dessa Raiz de Jessé (o pai de David), a frescura mais viçosa daquele resto que sempre esperou, mulher forte que não sucumbiu aos ataques da idolatria e do paganismo que tantas vezes assaltou o povo e finalmente Aquela que sobre o Espírito de Deus desceu e d’Ela fez a Mãe de Deus feito homem. Ela é, por isso, o exemplo mais perfeito para quem celebra o Advento.
E celebrando antecipadamente n’Ela o fruto da Redenção, que seu Filho nos alcançou e que a Ela salvou desde que foi concebida, mais esperançadamente avançamos no Advento, aguardando a santa Vinda do Senhor, seu Filho e Salvador.
Fonte:
Rosário de Mária
Ano 72| nº 764 | dezembro de 2016
Autor: J.F.