A Bíblia conta que, um dia, os habitantes da cidade de Babel, orgulhosos, começaram a construir uma grande torre que chegasse até ao céu. Deus, que não gosta dos orgulhosos, decidiu castigá-los, confundindo as línguas. Deixaram de se entender uns com os outros.
Para construir a torre, eram precisos tijolos. Pegar no barro e na palha, amassar, formatar, secar, coloca-los no forno e depois carrega-los até ao cimo, para a torre se ir construindo. Se caía um tijolo, era uma grande desgraça. Se caía um operário, nada acontecia.
Na opinião de um rabino medieval do século XII, Deus quis castigar a insensibilidade dessas pessoas que davam mais valor às coisas que às pessoas, que eram insensíveis aos sofrimentos dos operários.
Esta explicação medieval continua a ser atual, pois a desumanidade de Babel continua no mundo. Continuamos a ser insensíveis à realidade das pessoas que caem na miséria, no abandono, na desgraça.
Jesus teve sempre uma preferência pelos pobres e abandonados. E contou que, no final dos tempos, seremos julgados pelas obras de misericórdia. Isto é tão importante, que estamos a celebrar o Jubileu da Misericórdia.
Fonte: Jornal Cavaleiro da Imaculada
Ano 56 | nº 983 | fevereiro de 2016
Autor: Pe. Pedrosa Ferreira