Os sucessos e os fracassos que resultam do que fomos decidindo fazer, e do que depois fizemos ou não, constituem a nossa identidade.
Não podemos escolher quase nada do que nos acontece, mas somos sempre chamados a ser livres e determinar a nossa resposta. Nunca é fácil, porque envolve sempre mudar e correr riscos.
Há pessoas que se perdem porque ficam à espera das condições perfeitas, outras por não quererem arriscar e acabarem paralisadas face às possibilidades que têm diante, e ainda há aquelas que se movimentam muito, mas que parecem estar às voltas numa rotunda de onde não querem arriscar uma saída… Todas elas, na sua indecisão, estão a destruir tempo e vida.
Importa muito que pensemos bem nas opções que se apresentam. Importa que criemos hipóteses e inventemos novos caminhos, mas chega sempre o momento de decidir e, depois dele, o outro, ainda mais importante: o de agir.
Há muita gente que não gosta senão que a vida lhe seja servida, que face a qualquer exigência não sabe senão esperar que a questão se dissolva ou resolva por si mesma, e julga mesmo que assim fica isenta da responsabilidade pelos resultados do que vem a seguir. Mas não. São tão culpados das tragédias que acontecem a seguir às suas indecisões quanto alguém que não faz nada enquanto observa outra pessoa a afogar-se. São assassinos com a mania da inocência.
Não devo condenar-me por um fracasso que não consegui prever. Até porque depois de cada insucesso é tempo de decidir o que fazer em relação a ele em face do futuro.
A indecisão pesa, cansa, desgasta e é inútil. Porque não tem depois… é para sempre, não se pode reverter!
Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/
Autor: José Luís Nunes Martins